Empreendedor decidiu que seus funcionários trabalhariam menos. Para ele, a jornada de 8 horas diárias não é o melhor caminho.
Por: Mariana Desidério
Quem não gostaria de trabalhar menos horas todos os dias, sem redução de salário? Pois é assim que funciona na Tower Paddle Boards, uma pequena empresa dos Estados Unidos que vende stand up paddles (espécie de prancha usada com remo).
O negócio é liderado pelo empreendedor Stephan Aarstol. Há cerca de um ano e meio, ele decidiu mudar a forma como sua equipe trabalhava. Em vez das tradicionais oito horas diárias, cada pessoa ficaria cinco horas no trabalho – das 8h às 13h, sem pausa para o almoço.
A única condição era que cada um desse um jeito manter a produtividade, ou seja, produzir o mesmo do que quando trabalhava durante oito horas.
“A jornada de trabalho como a conhecemos hoje foi inventada há cem anos. Foi desenhada para trabalhadores de fábrica, um trabalho braçal. Hoje as pessoas têm um tipo de trabalho diferente, ficam na frente do computador, num trabalho intelectual. Então resolvi fazer um teste”, afirma o empreendedor ao Huffington Post.
O resultado é surpreendente. Nos primeiros meses da experiência, as receitas cresceram nada menos 42% e os lucros subiram perto de 30%, segundo Aarstol.
Além de reduzir a jornada de trabalho, Aarstol também decidiu instituir uma participação nos lucros para os funcionários. Com isso, todos não só têm mais tempo livre como também ganham mais. “O melhor de tudo é que não houve custo para a empresa”, disse o empreendedor à CNBC.
“Minha teoria é de que a maioria dos trabalhadores de escritório nos Estados Unidos trabalham efetivamente de 2 a 3 horas por dia, numa jornada diária de 8 horas”, afirma.
Autor do livro “The Five Hour Workday” (“A jornada de 5 horas por dia”, em tradução livre), Aarstol conta que, agora, seus funcionários convivem com muito mais pressão para dar conta do trabalho. Porém, eles estão mais felizes e mais produtivos.
Com uma equipe de apenas 11 pessoas, a empresa de Aarstol tem chamado a atenção e deve chegar a uma receita de 10 milhões de dólares neste ano, segundo o Business Insider.
O negócio recebeu aporte do megainvestidor Mark Cuban, após uma participação no programa de TV Shark Tank, em 2011. Hoje, está na lista dos melhores investimentos feitos no programa.
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