Se a diversidade está ligada a oferecer oportunidades para todos os perfis de profissionais, a inclusão é um passo além. Entenda mais na coluna
Através da iniciativa de muitas empresas em desenvolver processos seletivos focados nos profissionais pretos e pardos, os temas diversidade e inclusão têm sido recorrentes nas reuniões estratégicas das organizações.
No entanto, também tem sido comum atrelar esses termos como sendo uma coisa só. Não é bem assim — e é fundamental compreender as diferenças entre eles!
Na sua empresa, você consegue perceber um equilíbrio (em número) entre profissionais homens, mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência, jovens talentos, profissionais 50+ e profissionais LGBT+? Ou a maioria dos colaboradores são homens brancos?
Diversidade está ligada a representação demográfica. Ou seja, quão equilibrada a empresa está em relação a oferecer oportunidades para diferentes tipos de profissionais. Além de ser uma questão de responsabilidade social, quanto mais diversa for a equipe, maior será o número de pontos de vista, possibilitando novos insights e a multiplicação dos resultados positivos.
Se a diversidade está ligada a oferecer oportunidades para todos os perfis de profissionais, a inclusão é um passo além.
Trabalhar a inclusão é garantir que todos tenham acesso às mesmas oportunidades de desenvolvimento e ascensão profissional dentro da empresa. Para que isso aconteça, é primordial identificar os vieses inconscientes que fomentam o preconceito dentro da organização — onde a empresa precisa se abrir para, se necessário, reformular sua cultura organizacional.
Afinal, incluir é ação, é disposição para o encontro, para a mudança. É incluir não só as pessoas, mas também as perspectivas que elas trazem de sua jornada pessoal.
Sem uma real inclusão, que ofereça a constatação de pertencimento à pluralidade de colaboradores, a inovação não acontece e, muito menos, o sucesso dos negócios, revela o artigo “Diversidade não se sustenta sem inclusão”, da Harvard Business Review”.
Por exemplo, na sua empresa hoje, um profissional da alta liderança teria coragem de se assumir homossexual, sem sentir-se constrangido por julgamentos e preconceitos? Uma gestora se sentiria segura ao desejar ser mãe? E um profissional negro, ou negra, seria escolhido para assumir um cargo de liderança na organização?
Refletir sobre estas perguntas ajuda a entender o grau de maturidade que a empresa está em relação ao tema da inclusão, já que incluir é agir para que o outro exista, e não um movimento para tornar o outro semelhante a si.
Inclusão é uma questão de mudança de mentalidade, veja só, para uma mentalidade mais humana. É se importar com o outro, mesmo que ele seja diferente de você. É se abrir para aprender com um profissional com experiências completamente diferentes da sua e desfrutar da ampliação de horizontes que eles representam.
Sendo assim, já não bastam mais ações de combate à discriminação. A sociedade, o mercado, eu, você… todos nós precisamos de ações afirmativas que digam sim à diversidade, por meio de práticas que supõem inclusão e gestão da diversidade.
Boa reflexão!
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