Por: Alexa Salomão e Luiz Guilherme Gerbelli
As empresas estão mudando o perfil de contratação. Na busca pela redução de custos, os trabalhadores mais velhos estão sendo trocados por jovens com boa formação, mas com salários mais baixos. A mudança começa a aparecer no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além da menor criação de vagas formais ao longo deste ano, dados compilados pelo Estado mostram que o emprego com carteira assinada tem crescido somente para profissionais de até 24 anos.
Essa movimentação no mercado de trabalho está ligada à deterioração da conjuntura econômica e do ambiente dos negócios, diz Betania Tanure, professora da PUC-MG e fundadora da consultoria BTA, especializada em gestão empresarial. “Neste momento, a maioria das empresas vislumbra um cenário de incerteza que pouco se viu no Brasil nos últimos anos. Nem o ambiente de 2008 e 2009, após a crise, gerou o grau de incerteza no meio empresarial que hoje se vê pois, naquele momento, do ponto de vista macro, o País tinha instrumentos para lidar com a crise que hoje se mostram insuficientes.”
O que azedou o humor das empresas foi a queda de resultados. A consultoria de Betania realiza pesquisas regulares com as 500 maiores empresas em operação no Brasil. Uma delas identificou que boa parte dos ganhos previstos não vão se concretizar. No levantamento de abril, 15% das empresas declararam que não conseguiriam cumprir as metas neste ano. Na atualização do levantamento, em agosto, o porcentual subiu para 48%. Ou seja, quase metade das maiores empresas do País identificou uma deterioração dos resultados, sem possibilidade de recuperação no ano.
Pesa também o cenário de longo prazo. A pesquisa identificou que a expectativa para os próximos cinco anos, a partir de 2013, não é animadora. Para 63% das empresas, o cenário é “mediano”. Trata-se de uma virada para pior. No ano passado, quando traçaram o cenário para cinco anos, a maioria das empresas (53%) vislumbrava um período “excepcional”. Hoje, apenas 35% tem esse nível de otimismo.
O menor salário pago aos admitidos em relação aos desligados também deixa evidente a troca pelo mais barato. Em julho, essa diferença chegou a 7,3% e vem crescendo desde abril. “Como o número de admitidos continua forte, isso sugere que as empresas possam estar trocando os mais caros pelos mais baratos”, afirma Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria.
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Infelizmente continuaremos a ser um pais subdesenvolvido ou em desenvolvimento???, como queiram, enquanto os empresários e empreendedores deste pais não mudarem a mentalidade, pois enquanto em países desenvolvidos os profissionais mais experientes são cada vez mais valorizados no Brasil vemos prevalecer esta “economia burra”, onde troca-se experiência por salários mais baixos.
Nada contra contratação de jovens muito pelo contrario, mas como nas universidades existem os professores e alunos, no mercado também existem os mestres e os aprendizes que ao me ver é o caminho mais curto na busca da excelência para conquista dos resultados.
Uma outra prática que tenho observado e que os gestores muitas vezes tem optado por quantidade e não por qualidade, ou seja preferem ter dois ou até três estagiários do que um profissional pleno/senior. Com isso reduzem o custo mas também aumentam a sensação de poder, pois quanto mais subordinados melhor para seu status.
Quem vai resolver os “velhos” problemas dos clientes?
O que se observa em muitas empresas é que existe muitos profissionais que se qualificaram e as direções não estão se atentando a isso, pois os gestores diretos desses profissionais com receio de perder o poder, estão desligando esses profissionais e arcando com os baixos desempenhos, devido a necessidade de preparar novos profissionais para assumir essas funções principalmente nas áreas de tecnologia, deixando os usuários com uma qualidade horrível de serviço, gerando níveis muito altos de reclamações e níveis de serviços insatisfatórios.
Será que as empresas não percebem de que quanto mais dificuldades apresenta o mercado,queda,aumento da concorrência,desaquecimento , etc ,etc, mais necessário é a presença de profissionais experientes , a barato que se tornam muito caro!
Não adianta trocar peças por peças não originais, sempre resulta em custo, prejuízos, dificuldade de suprir suas metas, quanto sofrimento para chegar onde a empresa quer chegar.
Eu pergunto:
Onde a empresa quer chegar?
Como ela quer chegar?
O que a direção busca para suprir suas necessidades?
Quais são as necessidades?
Como esta preparando seus profissionais?
o que a empresa espera dos profissionais?
O que os profissionais esperam da empresa?
Vamos colocar uma turbina para levar a empresa onde ela quer chegar?