Amigos leitores, estes dias eu estava em casa com a minha esposa e com a minha filha e debatemos muito sobre o assunto diversidade. A nossa pergunta foi exatamente a do título deste texto: por que a felicidade do outro nos incomoda tanto?

Em primeiro lugar, gostaria de fazer um parêntese. Antes de ingressar no mercado de crédito e cobrança de maneira formal no início dos anos 90, eu tive uma experiência importante, vivendo através da arte, tocando em bandas na noite paulistana, algo que depois se tornou um hobby que exerço com muito carinho e esmero até hoje. Tive o prazer de conhecer pessoas maravilhosas da comunidade LGBTQIA+, que prestigiavam nossa música e compareciam de forma pontual nas apresentações.

E por qual motivo estou expondo isto? Quem vive das artes ou a aprecia, geralmente expande as ideias com total liberdade de expressão, jamais se incomodando com o pensamento ou comportamento alheio, desde que haja, naturalmente, respeito recíproco.

Nós sabemos que o mundo corporativo é vibrante e ao mesmo tempo muito formal, e com isto, a ideia de adotar padrões de comportamento sempre fizeram parte intrínseca do status quo.

Para quem realmente conhece ou convive com alguém pertencente à comunidade LGBTQIA+, sabe o quanto estas pessoas lutaram para hoje terem espaço de fala e oportunidades no mercado de trabalho. Há ainda um enorme equívoco nas empresas e lideranças entre competências, identidade de gênero e orientação sexual.

E por que há ainda tanto julgamento e preconceito na sociedade? Para mim, é latente a visão do egoísmo, pois quem julga, afirma que o mundo deve viver de acordo com as suas ideias e comportamentos, acreditando deter a verdade absoluta e ser um poço de virtudes.

“Mas Bira, há solução para isto?” Sem dúvida. Gosto sempre de trazer o legado do filósofo Sócrates de mais de 2.400 anos: conhece-te a ti mesmo.

A pessoa que permite realizar um aprofundamento no processo de autoconhecimento, saberá que o fortalecimento da sua personalidade permitirá que viva uma experiência feliz e sadia, não havendo mais nada no outro que a incomode.

Não podemos esquecer que a vida sempre nos apresenta lições inestimáveis de aprendizado. Da mesma forma que o paciente que deseja a cura deverá adotar a posologia recomendada pelo seu médico, aprofundar no autoconhecimento fará com que sejamos mais empáticos do que julgadores.

Abraços e até a próxima!

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