Este artigo visa expor de maneira concisa o diagrama de Ishikawa, relatando tal importância para as organizações no mundo atual
Por: Felipe Biazotto Azoli
A globalização mostrou às empresas, cada vez mais, a necessidade de se adequarem ao mercado competitivo com características voltadas para um cliente cada vez mais exigente e atento à qualidade dos produtos que adquire, existem várias ferramentas que podem ser aplicadas em uma organização para se melhorar a qualidade em diversos setores. Uma delas é o Diagrama de Ishikawa, que é utilizado por empresas no mundo todo. Seu uso não se limita, entretanto, apenas às linhas de produção industrial, pois pode te ajudar a entender sua, startup, (o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado), de acordo com a análise dos processos utilizados para alcançar os objetivos desejados.
De acordo com Silva et al (2001), também é chamado de Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe. Serve para mostrar a relação de causa e efeito da qualidade e seus fatores envolvidos, onde as causas principais podem ser ramificadas em causas secundárias ou terciárias, facilitando ainda mais a identificação dos problemas. Sua base estrutural é de que todos os fatores são envolvidos na elaboração de um produto ou efeito, e o exemplo mais lembrado é o usado na indústria que utiliza “os seis M”: método, mão de obra, meio ambiente, matéria prima, máquinas e medidas. Para o autor são estes fatores que podem ser desmembrados em secundários e terciários.
A visão do todo direcionada a processo ou a gestão por processos, possibilita aos interessados e tomadores de decisão que cheguem a uma conclusão, baseada em dados específicos, e tomem consciência de que é preciso buscar mais explicações além daquelas que os olhos podem ver, ou daquelas que são de difícil ou de impossível resolução. Ao se deparar com um problema, a tendência é que se coloque a culpa na falta de recursos, ou na má gerência e administração; no campo de futebol se demite o técnico. A realidade mostra que existem outras causas sobre as quais temos menos controle e conhecimento, como por exemplo expectativas não transparentes, avaliações pouco frequentes do desempenho, e outras coisas. A prática diz que não conhecemos o que não podemos medir.
É usado para auxiliar a identificação e a justificativa das causas, e melhorias de determinados processos, de modo semelhante incorporá-las em processos similares. Porém, a utilização deste diagrama não diz respeito apenas à investigação das causas de defeitos e falhas, de modo a evitar sua reincidência, mas é mais utilizado com este motivo.
Ao serem listadas diversas causas raiz, ou causas profundas, é necessário identificar aquelas de maior impacto sobre a eficiência e eficácia do todo. Estas causas restringem e interpõem o sistema e o processo de trabalho. Assim, a resolução de restrições de menos impacto não ajudará caso estas causas não sejam resolvidas, e o todo continuará comprometido.
O diagrama de Ishikawa pode ser aplicado a qualquer setor de trabalho, desde a gestão estratégica até o trabalho de um estagiário, tudo é uma questão de aplicação da ferramenta. O diagrama apresenta visualmente as causas potenciais de um problema e seus efeitos que impactam diretamente na qualidade do que se produz. Na área de projetos, há várias referências bibliográficas e benchmarkings que apontam causas comuns de problemas, cabendo a cada empresa avaliar seu próprio cenário e aplicar soluções já existentes para otimizá-los. É imprescindível a participação de todos os envolvidos no processo, e ao analisar cada causa, o beneficiário observe fatos que mudaram, ou seja, notar se houve desvios de normas e padrões, eliminando assim a causa e não os sintomas apresentados no mesmo.
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