Tire todas as suas dúvidas sobre a regência do verbo “atender” na última coluna do ano do professor Diogo Arrais
Muitos brasileiros dedicam-se ao universo dos concursos públicos. Língua Portuguesa é de extrema importância: na compreensão textual, na redação, nas questões gramaticais.
Uma questão sempre presente: como estudar o verbo “atender”?
Na visão do eminente gramático Napoleão Mendes de Almeida, constrói-se, indiferentemente, com acusativo ou dativo, ou seja, complemento com preposição ou não:
“O senhor não atendeu ao pedido.”
ou
“O senhor não atendeu o pedido.”
ou
“O senhor não atendeu a oração.”
ou ainda
“O senhor não atendeu à oração.”
Então, deduz você que o citado verbo tem a regência meramente facultativa. Certo? Depende! Hoje em dia, as bancas examinadoras de respeito seguem os preceitos de Celso Pedro Luft, no Dicionário Prático de Regência Verbal. A visão de Luft, além de lógica, atende à proposta de um concurso público: selecionar. Vejamos?
Se o complemento for um pronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formas objetivas diretas:
“O diretor atendeu os interessados.”
Logo,
“O diretor atendeu-os.”
Dedutivamente, se o complemento não for pessoa, atendendo à sintaxe clássica, há a presença da preposição:
“O prefeito atendeu ao nosso requerimento.”
e
“O prefeito atendeu às necessidades da cidade.”
Tradicionalmente, então, o sujeito atende ao telefone para atender o cliente (diferenciando-se a pessoa do objeto qualquer). Como disse, a visão de Luft, normalmente adotada pelos examinadores, segue uma interessante linha de raciocínio capaz de promover a seleção dos candidatos.
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