Por: Felipe Gutierrez
A demanda pelo serviço dos consultores de carreira aumentou nos últimos anos, afirmam especialistas.
A busca por essas consultorias cresceu “mesmo com uma diminuição de fusões e aquisições”, diz a professora Ana Cristina Limongi-França, da Faculdade de Economia da USP. As junções de empresas estimulam a contratação de serviços de recursos humanos sob medida porque geram demissões.
O consultor de carreira ajuda alguém insatisfeito ou desempregado a achar uma vaga. O profissional, porém, não procura emprego para o candidato. Ele o ajuda a traçar uma estratégia e a encontrar sozinho a oportunidade.
Para isso, aplica questionários e faz entrevistas. Com essas informações, sugere um cargo ou uma carreira.
A psicóloga Ellen Assef Borges, 34, aposta no serviço. Até 2011, dava aulas em uma universidade. Agora, quer atuar na área corporativa e contratou uma consultora para descobrir o que as empresas procuram ao contratar psicólogos.
“Há detalhes que ela colocou [sobre meu perfil] que eu não enxergava ou não queria enxergar. [Ela mostrou] coisas que eu subestimava ou superestimava em mim.”
Para Adriana Gomes, do núcleo de desenvolvimento de pessoas da ESPM, antes de contratar o consultor, o interessado deve buscar referências das companhias que oferecem o serviço.
“Há empresas oportunistas, que aproveitam a fragilidade de profissionais angustiados que perderam o jeito para prospectar o mercado.”
O pacote dos serviços do consultor de carreira pode variar entre R$ 1.000 e R$ 5.000, dependendo da duração.
PONTOS FORTES
A especialista em e-commerce Luciana de Mattos, 38, quis trocar de emprego no fim de 2010. Pouco depois de contratar um consultor de carreira, foi demitida.
Mattos diz que, durante as conversas, ela se deu conta de que era uma “resolvedora de problemas” e que deveria se colocar assim no mercado.
Ela adotou uma estratégia: refez o currículo, indicando os resultados que tinha alcançado por onde passou, aprendeu a criar um perfil eficaz no LinkedIn, com informações completas e depoimentos de colegas, e conversou com pessoas da rede de relacionamentos que poderiam ajudá-la. Depois de dois meses, achou uma vaga.
“É muito cafezinho, muito almoço. É preciso que o candidato se conecte com as pessoas, olhe no olho”, diz a consultora de carreira Maria Candida Baumer de Azevedo.
A especialista diz aos seus clientes quais perguntas fazer nesse tipo de encontro profissional, a maneira de falar e em que momento trazer certos assuntos à tona.
Para ela, cerca de 60% das vagas são preenchidas por indicações, e os profissionais precisam acionar a rede de relacionamentos para chegar a esses postos de trabalho.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais. Dia 30/10 divulgaremos o ganhador do Ipad 2!