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Como conviver com puxa-sacos no trabalho

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Administradores.com
01 de agosto de 2016 - 18:02

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Aprenda a lidar de forma inteligente com essas pessoas, que existem apenas para agradar os “poderosos

Por: Pablo de Paula

Todo puxa-saco é inseguro, frágil e absolutamente desprovido de personalidade própria. Sim, eles são dignos de pena e vivem exclusivamente para os outros (nunca para si mesmos). Em outras palavras, eles não são livres porque escolheram viver escravizados por um excesso de bajulação por aqueles que ostentam algum tipo de poder na organização.

Obviamente, eles são interesseiros e toda essa veneração executada tem apenas um objetivo, a saber: manter-se no cargo atual ou otimizá-lo (aumento de salário, de patente, etc…). Desta forma, suas demonstrações de respeito, comprometimento e admiração são genuinamente falsas, pois eles gostam de “vantagens” e não de agradar sinceramente os outros.

Assim, esses cavaleiros mascarados atuam como mendigos uniformizados: se rastejando e realizando ações muito além de suas verdadeiras obrigações: trabalham dez horas por dia ao invés de oito, levantam o dedo antes do líder fazer a pergunta de quem pode se oferecer para trabalhar no final de semana, vivem elogiando os gestores por coisas banais, adoram descobrir eventos comprometedores dos outros integrantes, para rapidamente reportarem o fato a gerência, colocam a empresa em um patamar quase que celestial, tendo o líder como um ser divinamente inviolável, se movimentam em busca de excederem suas responsabilidades constantemente sem motivo justificável, enfim, eles são um câncer para qualquer ambiente que sonha ser saudável e minimamente lúcido.

Esses “anjinhos”, possuem personalidades questionáveis e não raramente mostram falta de coerência em suas atitudes cotidianas e pouca coesão prática em suas longas e pouco produtivas palavras. Vejamos algumas peculiaridades de suas características interiores:

• Eles fazem clara acepção de pessoas: quem ostenta o topo da estrutura hierárquica tem mais valor que os outros;

• Eles mudam de comportamento quando o líder está longe, como se retirassem suas máscaras momentaneamente para descansarem do esforço veemente ridículo de não serem eles mesmos em tempo real;

• Eles são ambiciosos e somente são bondosos para conquistarem algo futuramente;

• Eles jamais negam um favor para os “mestres”, teimando contra o bom senso e se transformando em salvadores perpétuos da organização;

• Eles são totalmente desprovidos de qualidades morais e éticas, existindo apenas para catar ventos e aloca-los em uma caixinha de metal.

Precisamos registrar ainda, que chefes que apreciam esse tipo de comportamento estão muito aquém do profissionalismo e das esferas fidedignamente virtuosas. Certamente, são criaturas sensíveis e vivem precisando de carinho, como um peludinho filhote de urso panda, desses que as meninas ficam com vontade de agarrar e apertar nos comerciais. Ora, admirar e estimar condutas como essas somente serve para desmotivar os bons colaboradores da empresa, que se sentem desvalorizados por perceberem que a mentira tem mais mérito que a verdade, e que a competência tem menos valor que a malandragem.

Entenda: essa não é uma supervalorização do fato, pelo contrário, é uma constatação óbvia de que essa negatividade mina sorrateiramente os talentos de uma organização, privilegiando estultos que adoram atalhos e ações pautadas no amadorismo.

Assim, que possamos ficar atentos ao sermos rodeados por essas pessoas, treinando nossos olhos para que possamos enxergar dardos e flechas lançadas fora do nosso alcance. Lembre-se: nunca subestime seu adversário, pois nada o agrada tanto, e jamais entre em seu folguedo, porque nada pode entusiasmá-lo em tal alto grau.

Como lidar com essas pessoas

Em primeiro lugar, você precisa compreender que está lidando com uma raposa, ou seja, com alguém extremamente astuto e vivido. Deste modo, é fundamental ter muita inteligência e sabedoria para não ser ceifado pelas armadilhas invisíveis dessa criatura.

Em segundo lugar, é necessário aceitar que o terreno tende a favorecê-la sempre, pois ela montou o tabuleiro de acordo com suas metas e objetivos, fazendo com que as peças se movam de acordo com suas concupiscências. Assim, se você deixar que as coisas fluam naturalmente, será certamente engolido pela maligna estratégia que foi criada sob seus pés.

Em terceiro lugar, é importante perceber e assimilar que ela possui mais vantagens que você nesse jogo, porquanto conta com um número muito maior de ferramentas e objetos que fazem com que a mesma consiga ter agilidade, velocidade e tenacidade em um nível superestimado.

Portanto, a aparência angelical e infantilizada de tal pessoa, esconde uma gama variada de atributos que são usados de maneira ardilosa e voraz contra qualquer um que ouse atravessar seu caminho.

Então, a priori, permita que ela pense que detém o controle da situação: dê corda para suas ideias e deixe que ela externe seus pensamentos e desejos. Ouça atentamente suas ponderações e busque fazê-la entender que foi ouvida e verdadeiramente compreendida nessa conversa. Após isso, reflita sobre onde ela quer chegar e observe o comportamento da mesma no dia a dia, tentando enxergar suas ações e movimentos.

Depois, tente se aproximar das lideranças da empresa e veja como essa raposa reagirá: você verá o quão centralizadora ela é, e o quanto ela batalha para defender veementemente seu território. Note suas artimanhas e barreiras e procure gradualmente quebrar tais estruturas, executando forças contrárias para ganhar a confiança das pessoas que ostentam o topo.

No meio desse percurso, faça de tudo para se mostrar despretensioso e jamais ataque diretamente seu algoz, pois ele estará na espreita para poder contra-atacá-lo. Aja com naturalidade e inteligência emocional, objetivando criar laços fortes para que a sua credibilidade seja gerada com os pilares dominantes da empresa.

Com relação às fofocas, não se preocupe com elas: seja apenas honesto, virtuoso e compromissado e elas naturalmente perderão seu efeito. Essa ideia de que os outros podem “queimar o nosso filme” é um mito, porque eles não podem destruir a verdadeira realidade apenas propagando inverdades e falsas interpretações, a não ser que elas sejam realmente verídicas.

Além disso, busque demonstrar para as lideranças que não há necessidade alguma de bajulá-las para demonstrar seus talentos e atributos, ou melhor, faça-as entender o quão irrelevante essa postura é, materializando comprovar com argumentos plausíveis a pouca efetividade dessa ação para o crescimento e desenvolvimento da empresa.

Por fim, use seu intelecto para formar alianças com as pessoas que sofrem com as ações dessas raposas na empresa, de modo a fazer com que exista uma força contrária para equacionar esses poderes existentes. Evidentemente, não estou sugerindo uma divisão entre o grupo, mas sim uma reação perante um fator que é real e que incomoda várias colaboradores na organização, mais especificamente, aqueles que buscam seu reconhecimento apenas pela meritocracia e pelas esferas da justiça e da sinceridade.

Como um profissional verdadeiramente competente age para conquistar seu espaço

Se o trabalho é bom, ele fala por si, ou seja, não é necessário nenhum tipo de marketing para descortina-lo. O problema é que muitos profissionais não se valorizam e esperam que a empresa faça isso por eles. Ora, ninguém dará valor a uma pessoa de baixa autoestima, e essa é uma conclusão fácil de ser comprovada.

Conheço pessoas que não são tão inteligentes, tiveram poucas oportunidades de estudar e não herdaram uma estrutura minimamente arraigada, porém elas são esforçadas e conseguem através de muita avidez, iniciativa e desenvolvimento, superar esses obstáculos e provar que são importantíssimas para a empresa e para a equipe da qual fazem parte.

Infelizmente, existem alguns arquétipos que o mercado construiu ao longo de sua existência e que destroem completamente a inteligência humana. Por exemplo: existem profissionais que possuem opiniões contrárias as do seus chefes, mas não as emitem por conta de temerem possíveis retaliações, isto é, eles perdem seu senso crítico, sua capacidade de interpretação e argumentação e se transformam para sempre, em criaturas que usam suas mentes para qualquer coisa, menos para pensar. Usando palavras diferentes, esses funcionários vendem inacreditavelmente suas almas e trocam suas valiosas liberdades por um amontoado de migalhas que são esparramadas pelo chão.

Saber encontrar soluções eficazes para os problemas existentes, ser transparente e saber se comunicar, conhecer profundamente a área em que atua, dominar a arte de lidar com pessoas, ouvir críticas com sabedoria, ter disciplina e engajamento frente aos cenários edificados e estar sempre aberto para aprender coisas novas, são atribuições suficientes para que um profissional possa agradar a liderança e colher suas recompensas, de acordo com os critérios estabelecidos.

Lembrando ainda, que ter reverência pelo líder, surpreendê-lo com ideias diferenciadas e caminhar juntamente com as metas organizacionais são todas variáveis importantes para que um subordinado possa ter um bom relacionamento com a organização. Contudo, como conseguimos visualizar ao longo do texto, algumas pessoas extrapolam e saem fora da órbita, se convertendo em maus profissionais por usarem seus cérebros somente para conceitos langorosos.

Portanto, a diferença entre pessoas extraordinárias e medíocres está na forma como cada uma conduz sua vida, de sorte que as primeiras possuem uma linha de virtude enraizada e são extremamente congruentes com ela, independentemente das oportunidades que venham a surgir, diferente das segundas, que quebram seus “princípios” se isso lhes propiciar vantagens expressivas em seus negócios. Assim, que possamos aprender que sucesso é fruto de determinação, persistência, valores e competência, e que doutrinar os passos somente para tirar proveito de algumas circunstâncias é comportamento de gente pouco instruída e demasiadamente preguiçosa.

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Comentários (2)
  1. Quando aprendemos ouvir bem, escutar bem e enxergar com os olhos da consciência , seremos capazes de entendermos e compreendermos os nossos arredores aí dá pra parar e refletir que no caminho do trabalho profissional em empresa é preciso conciliar “RAZÃO e EMOÇÃO ” e nunca esquecer que os companheiros que ajudam podem prejudicar.

    Então olhe os dois espelho de lado, mas nunca esqueça o ” RETROVISOR” pense nisso.ok

    Reginaldo paz em 02 de agosto de 2016 - 18:22
  2. Tive o desprazer de trabalhar com uma pessoa assim.
    Mas, por sorte soube usar as ferramentas que tinha para que a situação ficasse ou neutra ou ao meu favor.
    Claro, foi dificil mas, consegui.

    Rodney em 02 de agosto de 2016 - 11:17

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