A economia do país já começou a se recuperar da crise financeira de 2015 e 2016, mas uma consequência veio para ficar: as empresas buscam executivos cada vez mais hands-on. A avaliação é de Carla Moreira, business manager da consultoria People Oriented.
Segundo a especialista, as reestruturações empresariais em busca de mais economia e eficiência ocorridas após esse período tornaram as equipes mais enxutas e desafiadoras para seus líderes. Por conta disto, se tornou essencial que executivos possuam tanto visão estratégia quando habilidade para atuar com a parte operacional do negócio. “Isso ocorreu em todos os segmentos. As portas dos executivos, inclusive CEOs, hoje estão abertas e eles lideram de maneira muito mais próxima ao restante da equipe”, conta.
A habilidade de se relacionar bem se tornou decisória na hora de avaliar uma nova contratação para o time de executivos de grandes empresas. Em paralelo, explica Carla, ainda que boa formação acadêmica e profissional continuam valorizadas, o mercado tem dado peso também à experiência de vida dos executivos, valorizando profissionais com maior tempo de carreira e maturidade para posições de senior management.
“Temos visto as empresas buscando compor seus times de forma mais híbrida, tanto com profissionais jovens com alto potencial quanto com executivos com mais tempo de carreira e boas lições aprendidas. A ansiedade dos mais novos é equilibrada pela maturidade e experiência dos mais velhos”, diz a especialista da People Oriented.
Outra característica observada é a preocupação das empresas em trazerem profissionais que tenham vivido ciclos completos em suas experiências. Isso porque a rapidez característica com que os millennials mantêm suas relações fez com que muitos acumulassem passagens curtas de um a dois anos em seus currículos. “Essas passagens meteóricas não têm sido bem-vistas pelas empresas; o profissional que vive ciclos de 4 anos ou mais tem a oportunidade de acumular resultados mais sólidos, passar por adversidades e ainda momentos econômicos diferentes, desenvolvendo sua resiliência e capacidade de adaptação a diferentes cenários”, afirma Carla.
Para finalizar com uma boa notícia, as posições de alta liderança estão se tornando cada vez mais acessíveis para mulheres. Seguindo tendências mundiais de equidade de gênero e empoderamento feminino surgidas no mercado, uma parcela significativa de empresas multinacionais tem criado políticas de diversidade e de inclusão para posições executivas.
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