Por: Letícia Arcoverde
Os custos da ausência de funcionários em uma empresa – seja por causa de folgas, férias ou faltas não planejadas – podem chegar a 22% da folha de pagamento, incluindo despesas diretas e indiretas e perda de produtividade.
Os dados, referentes aos Estados Unidos, são de um estudo produzido pela organização americana Society for Human Resource Management (SHRM) e pela empresa de soluções de RH Kronos Incorporated, com 1.280 profissionais de 11 países, a maioria dos quais nos EUA.
Segundo a pesquisa, os custos diretos de períodos de ausência remunerada equivalem a 15% da folha de pagamento. Quando adicionada a perda de produtividade, a proporção pode chegar a 22%. As faltas não planejadas, como por motivos de saúde, são as mais custosas.
“Entender os motivadores da ausência dos profissionais é essencial para formular estratégias de produtividade e minimizar a carga dos colegas de trabalho e de supervisores que são impactados pela falta de outros funcionários”, diz Evren Esen, diretora de pesquisas da SHRM.
Em média, supervisores dedicam 4,2 horas por semana – o que corresponde a 5,3 semanas ao ano – administrando ausências de subordinados. Isso inclui atividades como a seleção de substitutos, ajuste da carga de trabalho dos presentes e treinamento de trabalhadores temporários, e resulta em uma perda de produtividade de cerca de 16%.
Já os colegas de trabalho sofrem ainda mais com a ausência de um par, perdendo até 29% da produtividade em um dia típico. A maior perda (37%) aparece em situações em que trabalhadores temporários são usados para substituir um profissional que faltou sem avisar previamente. Esse tipo de falta não planejada resulta em aumento da carga de trabalho (segundo 69% dos respondentes) e do estresse (61%), reduzindo a qualidade do trabalho realizado (40%).
Segundo Evren, além de impactar funcionários diretamente, as ausências podem acabar gerando mais faltas no futuro. “A má gestão desse cenário pode levar a um círculo vicioso de aumento dos níveis de estresse, que por sua vez afetam negativamente a saúde dos funcionários e resultam em mais profissionais ausentes”, diz Evren.
Quase três quartos dos respondentes (72%), contudo, percebe que as “faltas não planejadas” acontecem com mais frequência nas segundas e sextas-feiras, bem como em dias que antecedem feriados e grandes eventos esportivos.
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