Se tem algo que mais me auxilia a obter o melhor rendimento mental no dia a dia do trabalho é o consumo irrestrito de cultura, principalmente através da música e da leitura de grandes obras literárias.
Para mim, consumir música de qualidade representa ainda, como desde a infância, a um ato quase que sagrado, ou seja, aquele que nos faz transcender e ficar com a emoção à flor da pele.
Recentemente, assistindo a uma entrevista do crítico musical Regis Tadeu no YouTube, ele fez uma afirmação interessante, a qual eu compartilho em gênero, número e grau: uma expressiva parte das gerações nascidas antes da década de 1980 teve a música como referência de desenvolvimento intelectual e de personalidade, basta lembrar alguns dos grandes movimentos da sociedade mundial através das canções, onde podemos citar como exemplos o fenômeno Beatles, a exportação da Bossa Nova, a Tropicália, os grandes festivais de MPB da TV brasileira, o Rock Britânico, o Festival de Woodstock, etc.
Naturalmente, não vamos fazer aqui qualquer apologia à nostalgia, pois sabemos que é imprescindível viver ao máximo as experiências do presente, entretanto, a sociedade atual está aparentemente passando por uma das maiores crises relacionadas à cultura em geral pela falta de identidade e pela busca da fama a qualquer preço, crise esta que ainda é agravada pelas vozes ferozes e polarizadas de boa parte dos usuários das redes sociais.
Diante deste dilema, como se comportar para não ser influenciado por esta onda precária e praticar a higiene mental tão importante para a nossa manutenção intelectual? Neste caso, vou trazer mais uma vez aqui o pensamento do sábio filósofo grego, Sócrates, de mais de 2400 anos: praticar o autoconhecimento.
Explico melhor: um dos exercícios que eu faço é acessar todas as informações possíveis em todas as mídias, porém, sem fazer nenhuma crítica daquilo que eu entendo como inapropriado pelas minhas convicções, isto é, faço abstração daquilo que é ruim e valorizo o que é bom para mim, sem julgar nada ou ninguém.
Parece uma tarefa muito difícil, mas a prática do autoconhecimento nos direciona para contermos os nossos impulsos e emitir opinião somente quando somos chamados para tal e ainda em locais apropriados. O respeito ao outro, por mais que em nosso íntimo achamos indecoroso ou errado o que ele está fazendo, é um grande passo de civilidade.
Agindo desta maneira, eu não fecho as portas para o mundo, pelo contrário, vejo tudo o que está acontecendo, porém, eu faço um grande filtro daquilo que realmente vai gerar em mim a higiene mental que necessito.
Por fim, recomendo ao amigo leitor, quando chegar em casa para o merecido descanso, faça uma boa leitura edificante e ouça uma música que realmente vai tocar a sua emoção. Com certeza, isto vai te fazer muito bem e você vai poder render mais em seu trabalho.
Abraços e até a próxima!
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