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27 de junho de 2017 - 18:00

7-sinais-de-que-o-seu-chefe-nao-tem-inteligencia-emocional-televendas-cobranca

Por: Claudia Gasparini

Inteligência emocional é uma competência preciosa, porém rara – sobretudo no caso dos chefes.

A quantidade de profissionais insatisfeitos com o comportamento de seus líderes é preocupante, afirma João Marcelo Furlan, CEO da consultoria EnoraLeaders.

A queixa é tão comum quanto difícil de resolver. “Justamente por não gerir bem suas emoções, o gestor fica irritado com feedbacks negativos e dificilmente muda sua atitude”, explica.

O resultado, continua Furlan, é que problemas de relacionamento com o superior muitas vezes levam a pedidos de demissão.

Não que a falta de inteligência emocional seja uma falha grave apenas para chefes. Segundo o coach Sérgio Gomes, sócio da consultoria Ockham, a competência faz falta em qualquer nível hierárquico – ainda mais com a tensão trazida pela crise econômica no Brasil.

Ainda assim, é evidente que cargos de liderança exigem um preparo ainda maior quando o assunto são as emoções. Afinal, tomar decisões sob pressão, administrar o trabalho alheio e investir em relacionamentos estratégicos são tarefas cotidianas para um líder.

A deficiência também é mais grave no caso de um chefe porque seu comportamento pode afetar a vida de outras pessoas. “Além de prejudicar o próprio líder, esse problema pode arruinar a carreira dos liderados”, explica Gomes.

Mas como identificar um gestor com pouco domínio do que sente? A seguir, veja alguns sinais típicos de chefes que se enquadram nesse perfil:

1. Não percebe quando é inconveniente

Seu chefe diz algo grosseiro e não nota quando a equipe começa a se entreolhar, constrangida? É provável que ele tenha pouca autopercepção – um dos pilares da inteligência emocional segundo Furlan. Além de não entender o significado de suas próprias palavras e atitudes, ele também tem dificuldade de enxergar as emoções que provoca nos outros.

2. É centralizador e individualista

A dificuldade para trabalhar em equipe é outra característica típica de gestores com esse perfil. A deficiência, aqui, está na gestão de relacionamentos. “A pessoa não divide a responsabilidade com os subordinados e quer todos os méritos para si mesma”, diz Furlan. “Se tivesse inteligência emocional, saberia que vitórias coletivas são fundamentais para a criação de vínculo entre as pessoas”.

3. Não se adapta a perfis diferentes

Por ser pouco empático, o líder com baixo grau de inteligência emocional costuma enxergar sua equipe como uma massa indiferenciada de pessoas. Por isso, ele não adapta sua linguagem ou tom de voz à personalidade de cada indivíduo. “Tanto faz se você é introvertido ou extrovertido, superficial ou detalhista, ele tem um único jeito de se comunicar com todo mundo”, afirma Furlan.

4. “Explode” facilmente

Quando surge um problema, o seu gestor se destempera no tom de voz, nos gestos e na linguagem corporal? Se ele perde a paciência com frequência, há algo de errado. Segundo Furlan, gritar com os outros no trabalho nunca é normal, independentemente da cultura da empresa. “Além de agir com agressividade, ele não tem o foco na solução, mas sim na caça pelos supostos culpados pelo erro”, completa Gomes.

5. Não lida bem com feedback

Outro sinal é a dificuldade para aceitar críticas. Além de reagir mal, a pessoa não pensa a respeito do feedback – e muito menos altera seu comportamento por causa dele. De acordo com Gomes, a falta de autoconhecimento está na raiz do problema: o chefe não aceita que apontem os seus defeitos porque, intimamente, não os enxerga.

6. Muda de humor drasticamente

Profissionais dominados pelas suas próprias emoções costumam mostrar oscilações drásticas de comportamento ao longo do expediente. ”É o caso do gestor que chega radiante ao escritório pela manhã, até que um imprevisto de repente azeda o seu humor para o resto do dia”, diz Gomes. “Ele não consegue administrar a emoção e voltar ao seu normal depois”.

7. Não cumpre com a palavra

Em situações de pressão, líderes com pouca inteligência emocional podem recorrer a uma solução fácil: distribuir promessas. “Ele cede ao impulso de dizer que tomará uma providência para se livrar logo do conflito, mas acaba falhando com o compromisso depois”, explica Furlan. “O problema é que ele não é transparente o suficiente para admitir que não tinha recursos para cumprir o combinado”.

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