Neste momento, pelo menos temporariamente esqueça suas necessidades, contas atrasadas, ou aquele smartphone que você tanto queria comprar é hora de pensar no problema do empregador e se colocar como uma solução potencial
Por: Gisele Meter
A primeira coisa que se deve pensar quando você vai a uma entrevista de emprego, não são os motivos pessoais pelos quais você está ali, mas principalmente qual é o objetivo do empregador.
Neste momento, pelo menos temporariamente esqueça suas necessidades, contas atrasadas, ou aquele smartphone que você tanto queria comprar é hora de pensar no problema do empregador e se colocar como uma solução potencial.
Caso este não seja seu objetivo, sugiro que nem perca seu tempo escolhendo a roupa adequada para a tão esperada entrevista.
Existe uma infinidade de razões pelas quais um processo seletivo é aberto, mas independente dos motivos, todos levam a um mesmo dilema – a resolução de um problema existente na empresa. E para isso precisam de alguém que o resolva de maneira ágil e eficaz.
Ter clareza disso, já é um grande passo para sair com uma enorme vantagem frente a outros candidatos e também para dar o segundo passo que é o de adaptar suas respostas frente as necessidades do empregador. Veja bem, não estou falando para dissimular ou mentir, muito pelo contrário, o que você vai precisar é desenvolver suas habilidades para adaptar o discurso, do mesmo modo que fazemos quando contamos um fato a uma criança, isto certamente é muito diferente de quando falamos sobre o mesmo assunto com um adulto por exemplo.
Esta estratégia de adaptar sua resposta ao que o entrevistador necessita, permite que você evidencie seus talentos e mostre como pode ser a pessoa certa para a vaga, além de focar naquilo que é importante pois, não existe entrevista mais enfadonha do que aquela que o candidato fala muito e não diz nada.
Para que sua história seja bem embasada, envolvente e acima de tudo atinja o objetivo – que é o de ser contratado, elaborei cinco dicas para que você possa se destacar frente a outros candidatos, confira:
Entenda que contar histórias nem sempre precisa ser tão evidente
Se você acha que contar histórias começa com “Era uma vez” ou “Vou te contar uma história” é preciso que você reveja seus conceitos. O que vale aqui é saber como contar algo de maneira estruturada, com começo, meio e fim para se atingir um objetivo, seja ele evidente ou mais subliminar. Lembre-se que ao contar histórias, você fala diretamente ao intelecto emocional das pessoas e portanto, deve saber como agir, para não despertar emoções desnecessárias. Existem pessoas que acabam fazendo isso inconscientemente e muitas vezes de maneira equivocada, como o caso de contar sobre seus problemas pessoais com o intuito de despertar o sentimento de pena ou compaixão por parte do entrevistador. Isto além de arriscado, te coloca em posição vulnerável em relação a outros candidatos ou até mesmo frente a seu contratante caso consiga o emprego.
Preste atenção aos tempos verbais
Mova a conversa com histórias sobre suas realizações profissionais, procurando ilustrar como você poderia contribuir para o futuro da empresa. Utilize eu para evidenciar suas habilidades e experiências do passado e nós para falar do futuro e de como você pode contribuir para a equipe de maneira pontual.
Responda as perguntas de forma concisa
Isto não significa que você deva responder sempre com respostas fechadas como sim, não ou ainda falar coisas ridículas, respostas concisas compreendem rechear o discurso com detalhes relevantes. Não perca tempo falando de coisas que no momento não sejam válidas para atingir seu objetivo pois isto diluirá sua mensagem e dispersará seu entrevistador. Se ele estiver interessado e você estiver apresentando bem suas ideias, pedirão mais detalhes daquilo que fala.
Diferencie o que é importante do que é desnecessário
Quando o entrevistador pedir mais detalhes sobre um assunto, use esta oportunidade para contar sua história com fatos interessantes, ou seja, coisas relevantes para ele, mas tenha cuidado, neste momento é importante ter bom senso para não exagerar nos detalhes. Lembre-se: nada de falar desordenadamente sobre os cargos que já atuou como se estivesse recitando uma lista de supermercado, envolva o entrevistador contando histórias sobre o que você fez em cada situação.
Fale como se já fizesse parte da equipe
Não se trata de arrogância, muito menos de prepotência, mas de projeção de futuro. Quando você fala como se algo já estivesse acontecendo, emite uma mensagem ao cérebro de seu interlocutor, aumentando assim as chances de que as coisas realmente aconteçam. Mas fique atento, isto deve ser algo muito sutil. Não vá pensando que você já é um contratado, e principalmente, não esqueça da sua condição de candidato. Falar como se já fizesse parte da equipe tem o objetivo de mostrar pro-atividade e interesse e não com o intuito de se achar o melhor dos melhores.
Ao estruturar mentalmente sua entrevista com estes passos, você pode organizar seus pensamentos de maneira lógica e inteligente, orientando a conversa para a valorização de pontos importantes sobre seu lado profissional. Listas de títulos, reclamações de empresas anteriores, pessimismo, egocentrismo e coitadismo são elementos de histórias mal estruturadas e devem ser evitados a todo custo.
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