Por: Claudia Gasparini
Traduzido para o português em 2010, o LinkedIn cresceu rapidamente no Brasil. No início de 2013, contava com cerca de 10 milhões de usuários no país. Este ano, ultrapassou 20 milhões.
Somos o terceiro país com mais perfis na rede social, atrás somente dos Estados Unidos e da Índia. Mas, apesar dessa presença massiva, os brasileiros ainda estão descobrindo o que podem fazer no site.
Essa é a visão de Fernanda Brunsizian, gerente de comunicação do LinkedIn no Brasil e na América Latina. “Não existe um jeito certo ou errado de usar, mas muita gente ainda explora a rede de forma bem básica”, afirma.
Não saber “se vender” é o principal erro estratégico dos usuários, na opinião de Dan Sherman, autor do livro “Obtendo o Máximo do LinkedIn” (Editora M.Books). Para ele, perfis na rede social funcionam como peças de publicidade.
“É um anúncio de você mesmo: quem você é, o que pode fazer e como pode fazer a diferença em uma empresa”, disse Sherman em entrevista a EXAME.com.
A boa notícia é que melhorar a sua estratégia de marketing pessoal no site não dá muito trabalho. Isso porque a maior parte das oportunidades desperdiçadas está nos menores detalhes. Veja a seguir 10 erros comuns, mas fáceis de corrigir:
1. Não mostrar o seu rosto
De acordo com a gerente do LinkedIn, perfis com foto são 14 vezes mais clicados do que aqueles que não têm imagem nenhuma. “É um detalhe que traz credibilidade e uma sensação de proximidade”, explica ela.
2. Escrever demais
Aviso aos prolixos: perfis com textos muito longos ou imprecisos afastam as pessoas. Isso vale especialmente para a seção “Resumo”, segundo Fernanda. Outro erro grave de um texto é não conter palavras-chave sobre a sua área e as suas competências, já que elas servem como base para a busca no site.
3. Copiar textos do currículo
Simplesmente transferir o conteúdo do seu CV para o LinkedIn não faz sentido, já que os objetivos de cada recurso são bastante diferentes. De acordo com Fernanda, perfis na rede social têm uma linguagem própria e devem ser constantemente atualizados.
4. Não listar as suas competências
É fundamental compilar as suas habilidades e deixá-las à disposição de votos (os famosos “endorsements”) de outros usuários. Fernanda explica que o mecanismo de busca no LinkedIn considera as palavras que você escreve nessa seção. Portanto, se você quer ser encontrado na rede, é bom caprichar na lista.
5. Não ter um link personalizado
Pode reparar: o link para o seu perfil no LinkedIn tem uma expressão depois da barra (“/”). Pela configuração automática do LinkedIn, são apenas números e símbolos aleatórios. O ideal é substituir essa expressão pelo seu nome. Essa pequena mudança impulsiona o seu perfil em buscas no próprio LinkedIn e até no Google. “Além disso, o link fica mais simples e bonito em cartões de visita, assinaturas de email e apresentações de slides”, comenta Fernanda. O passo a passo para customizar o link está aqui.
6. Omitir certos detalhes pessoais
A gerente do LinkedIn diz que a maioria das pessoas deixa em branco a área do perfil destinada a projetos de voluntariado, causas sociais e eventos – e perdem com isso a chance de revelar sua identidade fora do trabalho. Essas informações importam, porque criam possibilidades de identificação e conexão pessoal com outros profissionais e até recrutadores.
7. Não mencionar resultados
A palavra mais repetida em perfis de brasileiros no LinkedIn é “responsável”, segundo um levantamento recente feito pela rede social. Segundo Fernanda, os usuários tendem a descrever suas funções e atribuições, e deixar de fora os resultados que trouxeram para seus empregadores. Vale lembrar que isso empobrece não apenas o seu perfil no LinkedIn, mas também o seu currículo.
8. Deixar o nome da sua universidade sem link
Quando você digita o nome da faculdade que você frequentou no campo “Educação”, é bom clicar no preenchimento automático que o site sugere. Se você não faz isso, o logo da instituição não aparece no perfil e você fica de fora da comunidade de ex-alunos. “Com isso, você perde a chance de ter notícias sobre a universidade e ter contato com outros egressos”, diz a gerente.
9. Subaproveitar o conteúdo
De acordo com Fernanda, o site se torna muito mais interessante – e útil – quando o usuário participa de grupos, segue empresas e acompanha influenciadores. “Muita informação relevante do mercado surge por esses canais”, afirma ela.
10. Conectar-se com pessoas aleatoriamente
Se você envia e aceita pedidos de conexão sem nenhum critério, é bom repensar essa prática. “Você não precisa necessariamente conhecer a pessoa, mas é essencial que vocês tenham algo em comum, como a área de atuação ou interesses profissionais”, diz a gerente do LinkedIn. O contrário é perda de tempo.
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