Grupo clonava cartões de crédito e fazia compras indevidas.
Polícia de Jaú estima um prejuízo de R$ 20 mil a R$ 30 mil.
Um dos suspeitos presos pela Polícia Civil de Jaú (SP) na terça-feira, por aplicar golpes na internet disse ao delegado responsável pelo caso, Marcelo Goes, que aprendeu o golpe através de um canal na web. Quatro pessoas que clonavam cartões de crédito e faziam compras indevidas foram identificadas, mas apenas duas foram presas. Prejuízos às vítimas podem chegar a R$ 30 mil.
Segundo o delegado, o suspeito confessou o golpe. “O indivíduo de Guariba [ cidade na região de Ribeirão Preto] preso na investigação disse que aprendeu o golpe por meio de um canal de vídeos da internet. Acessou um link, encontrou um grupo. Esse grupo que muda o endereço eletrônico frequentemente e ali eles compartilham métodos de golpe, como fazer fraudes em geral, fraudes pela internet”, diz Goes.
Foram dois meses de investigação. Duas pessoas foram presas e outras duas são investigadas. Os estelionatários conseguiam dados de consumidores, pediam cartões de crédito em nome deles e faziam as compras em lojas virtuais. As mercadorias compradas fraudulentamente eram revendidas na internet ou em uma loja física.
O delegado conta que chegou aos suspeitos depois de monitorar as entregas e ir aos endereços onde elas eram recebidas. Segundo a polícia, a investigação começou depois de relatos muito parecidos de vítimas à Polícia Civil de Jaú.
Os suspeitos vão responder por associação criminosa e estelionato e podem pegar até oito anos de prisão. As investigações continuam para identificar mais vítimas e outros envolvidos com a quadrilha.
Prejuízo
Até o momento foram identificadas 10 vítimas. A polícia estima um prejuízo de R$ 20 mil a R$ 30 mil. Um homem que não quis se identificar caiu no golpe e conta que descobriu por acaso checando seus e-mails.
“Verifiquei que tinham vários e-mail enviados para uma loja informando sobre uma compra realizada em meu nome. Como eu desconhecia essas compras, eu acessei o site da loja e confirmei que tinha cinco pedidos de celulares que eu desconhecia. Um cartão falso tinha sido criado em meu nome, verifiquei que me cadastro na loja tinha sido alterado, com um endereço que não é meu. Então eu registrei um boletim de ocorrência”, conta a vítima.
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