O ano de 2011 não foi dos mais fáceis para a processadora independente de cartões CSU Card System. Enquanto a receita líquida cresceu 3,7%, para R$ 397,6 milhões, o lucro líquido caiu 28,6%, para R$ 24,3 milhões e a margem Ebitda registrou queda de 3,9 pontos percentuais, para 16,5%. Em 2012, a estratégia vai ser buscar mais rentabilidade.
É no negócio de call center — correspondente a 48% da receita bruta, de R$ 427,6 milhões em 2011 — que está a maior dificuldade da empresa. Até 2008, este mercado se mostrava promissor, mas mudanças na legislação exigiram mais investimento, qualidade de serviço e levaram à guerra de preços. “Entre 2009 e 2010, elevamos a qualidade do serviço, o que aumentou os custos e, de lá para cá, estamos trabalhando para melhorar a rentabilidade”, explica a diretora de relações com investidores, Mônica Molina. Nesta área, a empresa foi levada em 2011 a encerrar contratos e, em 2012, quer reduzir a rotatividade de funcionários.
Os recentes aumentos do salário mínimo também impactaram o negócio, uma vez que 70% dos custos de call center são com funcionários. “Neste momento, estamos tentando repassar esse aumento do piso para o preço do contrato e estamos conseguindo”, diz Mônica, sobre o fato de estar otimista em relação a este ano. Em 2011, o lucro bruto com o negócio de call center caiu 20,8%, para R$ 11,3 milhões. A margem bruta foi de 4,6%, queda de 2,4 pontos percentuais frente a 2010 — mas no quarto trimestre, o indicador subiu 6,5 pontos percentuais, para 6,2%.
Uma das formas da CSU para buscar rentabilidade é elevar ainda mais a participação do negócio de cartões, que representava, em 2011, 52% da receita bruta. Em relação a este negócio, em 2010 a empresa sofreu com a consolidação bancária, quando o cliente Nossa Caixa foi comprado pelo Banco do Brasil e o contrato foi encerrado. Isso se refletiu no primeiro trimestre de 2011. Para compensar essa perda, no ano passado, a CSU conquistou dois novos clientes: o Tribanco e a Sicredi. O lucro bruto com o negócio de cartões caiu 8,1% em 2011, para R$ 221,3 milhões, mas a margem bruta foi de 46,2%, quase estável frente a 2010. Neste segmento, a CSU continuará concentrada em desenhar cartões para empresas com número elevado de clientes e a acompanhar o crescimento da classe C.
O diretor-executivo Wanderval Alencar diz que está oferecendo ao mercado plataforma que permite que cartões pré-pagos se tornem também um meio de crédito, o que já despertou interesse do banco mineiro BMG, em uma parceria com o Santos Futebol Clube. “O cartão pré-pago mostra um histórico de gasto, então é possível dar crédito a um limite do que se deposita no plástico”, explica.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais. Neste mês de inauguração nosso prêmio será um Ipad 2!
48% da receita é uma coisa, não podemos esquecer do % do custo.
Acredito que processamento de cartões gere um custo bem menor.
Concordo com a estratégia desenhada.
Olá Ronaldo,
Decisões de ampliação da atuação em um segmento nunca são fáceis de tomar e com certeza com o aumento contínuo dos custos, principalmente com mão de obra, torna a decisão de ampliação de processamento de cartões menos arriscadas, mas apenas sobre esta ótica.
Abs,
Afonso