Por: Marcelo Tavares
A popularização dos reality shows nas principais emissoras de televisão do Brasil nos anos 2000 consagrou o uso de expressões como “dar uma espiadinha”. Afinal, no período em que vivemos, praticamente tudo se tornou objeto de análise e medição. Na era digital, somente a mensuração garante eficiência nas mais diversas áreas do conhecimento.
Até mesmo o varejo físico pode se aproveitar deste acompanhamento contínuo e obter o retorno desejado, graças ao surgimento de novas tecnologias. O “Monitoramento de Fluxo” de visitantes nos estabelecimentos comerciais é uma delas.
Antigamente, as informações coletadas por vídeo ou sensores não iam além de entregar o número de pessoas que entraram na loja, por exemplo – proporcionando poucos insights para os empresários melhorarem a operação do negócio. Agora, as possibilidades se ampliaram e os profissionais possuem uma série de relatórios detalhados e precisos sobre diversos pontos que envolvem a gestão.
O lojista, por exemplo, consegue mapear hot zones com as áreas mais “quentes” do estabelecimento, localizando pontos mais propensos para inserir promoções e/ou produtos com maior apelo de venda.
Além disso, é possível avaliar a eficiência da vitrine, cruzando os valores como a quantidade de pessoas que pararam para observar os itens expostos com o número das que efetivamente entraram para comprar.
Por fim, é possível obter a taxa de conversão com a divisão entre o número de entrantes e o de compras efetuadas no dia – até então, esta análise era exclusividade apenas do e-commerce.
Acompanhar os passos do consumidor dentro do comércio resolve grande parte dos problemas de gestão que o varejo brasileiro sofre atualmente. A oferta de ferramentas que proporcionam inteligência para o lojista físico ainda é pouca diante da complexidade que é a manutenção de uma empresa no Brasil: faltam orientação e soluções que facilitem a vida dos empresários no país.
Entretanto, uma simples caminhada da pessoa diz muito sobre a loja e deixa rastros sobre produtos que a interessam. Em um cenário de crise econômica, é imprescindível tomar decisões assertivas e inteligentes para garantir não só a sobrevivência, como também o crescimento das receitas. Portanto, o lojista não deve deixar de “dar uma espiadinha” em seus clientes.
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