Por: Fabiana Lopes
O Banco Central trabalha para expandir a base de dados do Registrato, sistema online que está no ar desde novembro e permite que os cidadãos visualizem suas informações nos cadastros administrados pelo BC. Na prática, a autoridade quer garantir que as pessoas conheçam seus históricos com os bancos, além de permitir que haja um melhor controle de dívidas.
Hoje, é possível acessar os dados de duas bases: o cadastro de clientes do sistema financeiro, com informações sobre conta corrente, caderneta de poupança e outras operações de depósitos, e os dados do Sistema de Informação de Crédito (SCR), que concentra todas as operações de crédito acima de R$ 1 mil. Mas o objetivo do BC é disponibilizar relatórios de outras duas ou três bases ainda neste ano.
Segundo o chefe do Departamento de Atendimento Institucional (Deati) do BC, Fernando Dutra, a instituição estuda incluir relatórios com informações do cadastro de emitentes de cheque sem fundo, de operações de câmbio e de mercado aberto.
Os cadastros são compostos por informações enviadas pelas instituições financeiras e utilizadas pelo BC em suas ações de supervisão. Dutra explica que a demanda por relatórios como esses vem aumentando nas dez agências da instituição no país e, por isso, a decisão de levar o serviço para a internet.
Antes de novembro de 2014, quando o Registrato foi criado, essas informações só poderiam ser requisitadas e consultadas presencialmente ou pelo correio. Com o sistema online, o número de relatórios emitidos cresceu. Após a criação do Registrato, foram 32.504 relatórios requisitados, enquanto em 2014 como um todo os relatórios presenciais ou por correspondência somaram 30.208. Neste ano, até 19 de fevereiro, o BC já gerou quase 20 mil relatórios em comparação a pouco mais de 3 mil no modelo antigo.
“Antes, esbarrávamos na questão da identificação. Então concebemos um sistema que pudesse utilizar o internet banking das instituições financeiras, em que o cliente já está identificado com bastante segurança”, explica Dutra. Os correntistas fazem um cadastro inicial no site do BC e depois se identificam no site de seu banco. Em seguida, voltam ao site do BC e finalizam o cadastro e o acesso aos relatórios. Os dados disponibilizados podem ter uma defasagem de 20 a 40 dias, segundo Dutra.
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