Entre os maiores e principais eventos voltados para o mercado de serviços financeiros, melhores práticas, processos e gestão de pessoas são termos comuns. E, neste sentido, o Fórum de Inovação promovido pelo Instituto GEOC: com caráter provocativo, os painéis foram majoritariamente dominados por discussões tecnológicas, em que as palavras mais repetidas foram Big Data, Analytics, Inteligência Artificial e cognição.
Assim, o primeiro painel já deu muito que falar entre os participantes da 7ª edição do Fórum, realizado no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, na última quinta (22). Gil Gardelli, professor de MBA na ESPM e USP, protagonizou a palestra E-futuro?, em que mostrou diversos exemplos de como a inovação tem provocado discussões em diversos segmentos. “Tudo é possível, até fazer elefante voarem. Inovação está em tudo. Vivemos a era da destruição criativa. Antes se acreditava que o tempo de evolução de uma tecnologia era de 50 anos. Hoje, este hiato é de um ano”, observou.
Na discussão sobre o impacto das fintechs no mercado financeiro brasileiro e no mundo, ressaltou-se a importância da união de forças entre empresas tradicionais e as de negócios disruptivos. “O risco para o mercado financeiro como um todo é se tornar uma Blockbuster ou Kodak [em referência às empresas que dominavam o mercado, mas foram à falência por não acompanhar a evolução tecnológica]”, sentenciou Gustavo Paro, executivo de Soluções da Microsoft.
Guilherme Bressane, líder do segmento financeiro do Google Brasil, explicou que a revolução mobile – resultado da popularização dos smartphones – colocou o consumidor no centro, tornando-o imediatista. “Mas quem acha que a revolução acabou está enganado. É o momento crítico de disrupção. Estamos vendo 1% do que está por vir”, avalia Paro. E qual será a próxima era? “A dos chatbots”, aposta o executivo.
No painel Transformação digital em serviços financeiros, duas preocupações dominaram a discussão: quem serão os próximos concorrentes e de onde eles virão. “Google, Facebook e o WeChat estão caminhando para oferecer contas e transações financeiras. É bem provável que o cliente feche a conta no banco para ter uma conta bancária na Facebook”, aposta Alan Chusid, diretor comercial e Negócios do Banco Neon.
O cientista-chefe do laboratório da IBM Research, Fábio Gandour, ensinou os presentes a construírem uma máquina inteligente e também informou que a inteligência artificial vai ultrapassar a performance humana por volta de 2060. Sobre o mercado financeiro, a preocupação deve girar em torno da proteção do devedor. “Cuidado que está entrando aí o Blockchain, o que é uma ameaça ao homo devedorus”, pontuou.
Segundo Luís Carlos Bento, presidente do IGEOC, a mudança nos perfis das palestras está alinhada com as tendências atuais de mercado. “A tecnologia passou a ocupar mais importância na nossa vida. O evento não tem fins lucrativos, mas a preocupação é de que possa efetivamente agregar valor para nossa cadeia”.
Vejas as fotos de tudo que aconteceu no 7º Fórum de Inovação IGEOC:
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