Um grande passo rumo à profissionalização do segmento, satisfação e segurança do consumidor
A iniciativa da Aneps compreende os correspondentes negociais e transacionais
A Aneps e o Sindaneps comunicaram oficialmente ao Banco Central (BC), aos bancos em geral e a outras instituições do setor financeiro que, partir de agosto, iniciará a certificação das empresas promotoras de crédito e correspondentes no país, por meio da Certificação Aneps PJ.
A Certificação Aneps PJ se insere em um projeto maior que deve culminar com autorregulação do segmento, e prevê um salto de qualidade nos procedimentos relacionados à concessão de crédito, bem como nos transacionais, ou seja, àqueles destinados a outras atividades igualmente importantes do segmento, tais como, recebimento de contas, pequenos pagamentos etc., que hoje, em sua maioria, são realizados por correspondentes.
“Como previmos, a certificação dos agentes isoladamente, não garantiu integridade ao sistema. Problemas e falhas recorrentes persistem, motivos pelos quais nossos esforços e investimentos nos últimos dois anos, se voltaram também para as empresas. Daí a compreensão e desenho do modelo de certificação de pessoa jurídica”, explica o presidente das entidades, Edison Costa.
Ele acrescenta que hoje cada empresa de correspondente está adaptada à sua maneira, o que, na maioria das vezes, não garante segurança de processo, além de trazer riscos, cujos reflexos caminham pela cadeia produtiva, envolvendo o correspondente a instituição financeira e o consumidor.
“Se a empresa não estiver comprometida, porque seus funcionários estariam?”, indaga. E responde: “Aí é que reside a persistência das falhas. Por isso a certificação da pessoa jurídica é capital.”
A obtenção da certificação consistirá de duas etapas: a primeira, de capacitação, e a segunda, a da certificação propriamente dita.
Rumo à sustentabilidade
O objetivo desse instrumento é garantir que todos os processos básicos sejam íntegros e aderentes às normas vigentes, além deles, que cada contratado esteja alinhado às normas da instituição contratante, ao roteiro operacional de cada produto comercializado e, sobretudo, com os interesses do consumidor.
“Temos de agir certo por conscientização do segmento, e não por pressão dos problemas, pois os consumidores estão cansados de encenação. A seriedade tem que ser real e ter consequências para os que não agem dessa forma”, destaca Edison Costa.
De acordo com avaliação das entidades, a disciplina imposta acabará por promover o saneamento do setor, inviabilizando a ação de aventureiros, o que favorecerá as empresas sérias, com a evolução sustentável do número de clientes e o aperfeiçoamento da atividade. Tais elementos certamente possibilitarão ganhos em termos de credibilidade e respeito profissional perante a sociedade.
“Nosso desejo inicial era de que esse trabalho fosse feito a seis mãos, ou seja, conjuntamente pela Aneps, o BC e a Febraban, para que não escapasse nenhum detalhe. Entretanto essa sincronia não foi possível, e não estávamos dispostos a esperar”, comenta o presidente.
Ele acredita, no entanto, que essa ausência de sincronia certamente não reflete o desejo institucional dos órgão e corporações. A seu ver, as organizações hoje sofrem de entropia: “As agendas pessoais se sobrepõem à agenda da organização e cada um tem uma ideia muito própria do que deveria ser a solução das questões. Portanto, não importa a visão da organização; cada um quer fazer do seu jeito.”
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