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Private label diminui participação no varejo

por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: Valor Econômico
09 de dezembro de 2013 - 18:03

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Apesar do aumento da oferta de crédito por outras fontes, esses cartões próprios representam cerca de 50% das vendas de grandes varejistas. “Os cartões Marisa corresponderam a 47% do nosso faturamento total no segundo trimestre”, diz Cylene Cayetano, gerente comercial de Produtos e Serviços Financeiros da Marisa.

Cylene explica que o private label é uma oportunidade de gerar resultado para a empresa por meio da oferta de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que ajuda a alavancar vendas e fidelizar clientes. “A base de cartões também nos permite conhecer melhor os hábitos e comportamentos de consumo para fazer ofertas e promoções mais adequadas”, diz. Como forma de estreitar o relacionamento e de fidelizar ainda mais as clientes, a rede conta com o Programa de Fidelidade Amiga, um programa de relacionamento exclusivo, que transforma as compras com cartões Marisa e Marisa Itaucard em vales-moda. A base de clientes cadastrados no Amiga já chega a 3,5 milhões de clientes aptos e 2,3 milhões de clientes ativos.

A participação dos private labels no faturamento das empresas, no entanto, já foi mais pujante. “Há pouco mais de uma década esse fatia era de 75%, hoje está em 48%”, diz José Antonio Rodrigues, diretor de crédito e risco da Riachuelo. Segundo ele, esse recuo acontece por causa do aumento da oferta de cartões convencionais, que representam 28% das vendas da empresa atualmente.

Por esse motivo, as empresas cada vez mais apostam em parcerias com administradoras para lançar cartões co-branded, que mantém a marca da rede varejista mas podem ser usados em outros estabelecimentos. “Hoje temos uma base de 22 milhões de clientes de private label, e 1,7 milhão com nosso cartão co-branded”, diz Rodrigues. A meta da Riachuelo é ampliar essa base de cartão com bandeira para 3 milhões até o final de 2014.

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, os cartões private label e co-branded devem atingir juntos a marca de R$ 293 bilhões em 2022. Até lá, o número de transações deverá passar dos 3 bilhões. Hoje, o segmento – que teve crescimento médio de 17% nos últimos cinco anos – representa 12% do faturamento total da indústria de cartões de crédito. “Esses dados mostram que o segmento tem um grande potencial de mercado e que deve seguir em expansão, assim como as demais modalidades de cartão”, diz João Pedro Paro, vice-presidente comercial da MasterCard Brasil, que possui 250 parcerias no varejo.

“Para se ter uma ideia do espaço que há para o crescimento, apenas 27% do consumo privado no país é feito via cartão”, afirma Paro. “Além disso, hoje no Brasil ainda existe 40% da população que não é bancarizada e que se vale de instrumentos como os cartões co-branded e pré-pago para ter acesso a serviços financeiros, e essa tendência não deve mudar.”

“O número de cartões private label puros representa cerca de 50% dos cartões emitidos no país, mas quando você verifica o volume de utilização efetiva, ele é muito menor”, diz José Renato Borges, presidente da administradora de cartões Credz.

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