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Os riscos por trás do crédito consignado

por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: Administradores.com
25 de agosto de 2015 - 18:15

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Autorização da Medida Provisória 681 aumenta o limite de crédito consignado em 5%

Recentemente, foi autorizada uma Medida Provisória que aumenta o limite do crédito consignado de 30% para 35% (MP 681). Essa margem vale para pagar dívidas do cartão de crédito. Se por um lado a pessoa que toma esse crédito consegue uma folga para pagar suas contas, por outro, preocupa um possível estímulo ao consumo ainda maior.

Então, como o departamento de Recursos Humanos deve agir? É de extrema importância que os profissionais dessa área se atentem a essa mudança e busquem oferecer também conhecimento e ferramentas para que o beneficiado possa utilizar esse dinheiro com consciência. E o caminho é a implantação de um programa de educação financeira nas empresas.

Sobre a aprovação da MP, podemos avaliar o seguinte: se a pessoa já não conseguia viver dentro do padrão de vida que 100% do seu salário podiam oferecer, como ficaria com apenas 65%? Muito provavelmente teria que realizar novos empréstimos ou parcelamentos, criando o famoso efeito bola de neve. A conta é bem simples: quem ganha R$ 2 mil teria uma redução de R$ 700, ficando com apenas R$ 1,3 mil.

Imagine se o trabalhador, em vez de utilizar esses R$ 700 do cálculo acima para consignados, utilizasse para investir? Em 10 anos, ele teria aproximadamente R$ 190 mil (rendimento mensal de 0,65% e correção anual de 10% de inflação real). É claro que esse é apenas um exemplo de como funciona quando temos educação financeira e praticamos o consumo consciente.

É claro que, no caso de pessoas que já estão endividadas, se levarmos em conta os juros cobrados – segundo o Banco Central, a taxa média cobrada pelo empréstimo consignado é de 27,3% ao ano, enquanto que os juros do cartão crédito, por exemplo, ultrapassam a marca de 372% ao ano –, o consignado se torna mais interessante.

Ainda assim, essa não é uma prática que deve ser recorrente e muito menos feita por impulso, é necessário muito controle e planejamento. E fica cada vez mais evidente a necessidade de educar financeiramente os colaboradores, afinal de contas, o problema não são as ferramentas de crédito, mas sim a forma que são utilizadas. O foco não deve ser a resolução da consequência do problema, mas sim da causa, motivando o consumo e o crédito conscientes.

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