Com o cartão de crédito pré-pago o cliente não pode gastar mais do que o limite. Analista alerta o consumidor para os custos desse modelo de cartão.
Por: André Curvello
Cada vez mais brasileiros preferem usar a moeda de plástico a ver a cor do dinheiro. Este ano, o número de cartões de crédito no país já passou dos 183 milhões, 75% a mais do que há cinco anos.
“A classe média passou a ter mais acesso aos cartões de crédito, porque passou a trabalhar mais, com mais cartões de crédito aumenta do consumo”, informa Renato Meireles, coordenador da pesquisa.
Isso sem falar nos casos em que um só cartão serve a vários consumidores. A Helena e outros 25 milhões e 500 mil brasileiros usam o próprio cartão em compras para amigos e parentes. O acordo, claro, é que todo mundo pague o que deve quando a fatura vier.
“Nunca tive problema. Nunca paguei parcelado, sempre pago minhas faturas à vista”, comenta Helena Franco, secretária.
A advogada Alana Carvalho parcelou três mil reais. Em um ano e meio a dívida já beira os 30 mil reais. “Tem que ter muita consciência de quanto é esses juros, porque que vira uma bola de neve interminável”, alerta.
Não faltam opções para atrair mais consumidores. Ele ainda é pouco conhecido entre os brasileiros, mas já está disponível no mercado. É o cartão de crédito pré-pago, que, na teoria, promete resolver o eterno conflito entre o consumo desenfreado e prudência.
O cliente carrega o cartão com o valor que deseja e, quando atinge aquele limite, não pode continuar comprando. Mas será que vale pena?
Uma analista da Associação de Defesa do Consumidor alerta: o cartão de crédito pré-pago tem muitos custos. “Você paga uma mensalidade, a recarga desse cartão, um valor de adesão e paga para receber o saque. Então, os custos são bastantes altos e a gente percebeu que não vale a pena para o consumidor”, comenta Renata Pedro, pesquisadora Proteste.
Os gastos com taxas por ano, por ano, podem chegar a quase 300 reais, se você fizer três recargas e um saque todos os meses. Não importa o tipo de cartão, o equilíbrio das contas depende de uma velha lógica: gastar menos do que se ganha.
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