Empresas ligadas aos maiores bancos defendem o “novo crediário” como proposta ao Banco Central para pagar os lojistas em menos dias
A proposta de um novo crediário para reduzir o peso do crédito parcelado sem juros e diminuir o prazo de pagamento a lojistas que aceitam cartões coloca, novamente, grandes empresas e novos players do setor em lados opostos.
Em jogo. As empresas ligadas aos maiores bancos, representadas principalmente pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), defendem o “novo crediário” como proposta ao Banco Central para pagar os lojistas em menos dias, tirando o Brasil da condição de único mercado em que o varejo só recebe o pagamento com cartão de crédito após 30 dias.
Enquanto isso, os novos adquirentes, que formam a Associação Brasileira das Instituições de Pagamento (Abipag), têm na antecipação de recebíveis sua principal fonte de receitas. Se o novo crediário pegar, isso vai para o espaço, porque já nascerá no formato de até D+5 – ou seja, pagamento ao estabelecimento em até cinco dias -, contra o atual D+30 praticado pelo setor como um todo.
Reação. As empresas menores do setor fizeram uma ofensiva com publicidade neste final de semana com as chamadas “Quem paga a conta é você!” e “Só os bancos ganham”, em oposição às grandes instituições financeiras.
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