O que é inovação?
Inovação é a aplicação prática de soluções que atinjam alguma necessidade e criem valor para as empresas. É com a implementação de uma inovação que uma ótima ideia vira realidade e beneficia tanto negócios quanto consumidores.
Com uma visão de mercado sempre atualizada, as empresas promovem inovação para causar algum impacto positivo nos seus processos, produtos e serviços, tendo como alvo necessidades internas ou externas.
Mesmo que sejam pequenas, as transformações causadas por uma inovação podem ser sentidas de alguma forma: na qualidade, na agilidade, precisão, economia, etc.
Algumas vezes essas inovações são tão significativas que promovem uma ruptura no mercado, criando modelos de negócio inteiramente novos e sem os quais as pessoas já não conseguem viver sem. Esse é o caso das fintechs, que mencionamos lá no início, ou do já consolidado Pix.
O sistema de pagamento imediato desenvolvido pelo banco central é um dos maiores cases de sucesso na inovação para o mercado financeiro. O Pix foi bem absorvido e virou uma mania que promete não passar.
Essa inovação aprimorou as transações, trazendo conveniência, facilidade e agilidade, especialmente para os clientes, provando que o processo não precisava ser tão burocrático em todas as situações. Hoje, a pergunta “aceita Pix?” é a primeira opção da grande maioria dos consumidores, substituindo idas ao caixa eletrônico e as demais alternativas para transferência.
A inovação para mercado financeiro, como acontece em outros setores, é feita de forma contínua e consistente e, por isso, sempre é necessário adotar uma gestão da inovação para que os processos sejam acompanhados estrategicamente desde sua concepção até a implementação.
Dessa maneira, aumenta-se a garantia de que soluções efetivas sejam aplicadas de forma cotidiana no negócio, sem depender da “ideia mágica” para transformar tudo de uma vez.
A inovação para o mercado financeiro
Ao tratarmos da inovação para o mercado financeiro, não há como deixar de lado as fintechs, pois sua relevância é enorme para analisarmos esse contexto. Até mesmo o Banco Central reconhece que algumas dessas empresas já se equiparam aos bancos tradicionais em tamanho e impacto.
Com essa perspectiva, o BC pretende fazer a equiparação regulatória entre essas duas modalidades de organização financeira. Por esse motivo, os bancos clássicos estão correndo atrás da digitalização para competir nesse mercado cada dia mais tecnológico. Essa corrida impulsiona o intraempreendedorismo no setor financeiro, com o lançamento de novos produtos e sistemas por parte de organizações tradicionais.
Tal ruptura na forma como usamos os nossos sistemas bancários foi apenas uma das inovações que aconteceram no mercado financeiro nesses tempos digitais. No curso dessas transformações, clientes cada vez mais adeptos a tecnologia se rendem à desburocratização que as inovações trazem para o setor.
Dessa forma, as organizações se veem obrigadas a aderir a cultura de inovação e a inovação para o mercado financeiro se materializa em novos modelos de negócio, serviços e produtos que atingem públicos de vários perfis.
Diferente do que podemos pensar, a ideia de inovação para o mercado financeiro, apesar do boom dos últimos anos, não começou agora. Esse processo vem caminhando há bastante tempo e, ao longo dele, ferramentas de uso cotidiano vêm sendo adotadas para solucionar problemas que acontecem com frequência, por parte das empresas e de clientes.
Para dar uma melhor noção, o avanço da tecnologia no setor financeiro é tratado desde os anos 90, quando se começou a discutir sobre a nova economia, baseada na tecnologia e explorando as possibilidades de testar ideias fora do tradicional.
Essa corrente de mudanças no setor de finanças foi alavancada, sem dúvidas, após a chegada dos smartphones e da disseminação de aplicativos digitais. Com eles, veio a criação das versões digitais para os bancos, e a inovação atingiu uma necessidade do público e impactou como as pessoas controlam suas finanças e resolvem questões bancárias.
Numa onda mais atual, podemos ver a IA permeando sistemas do setor financeiro em todo o mundo. A aplicação dessas tecnologias permite que as instituições ganhem processos cada vez mais automatizados, como o onboarding digital, além de permitir que vários obstáculos sejam atravessados, como as necessidades de clientes de alto custo ou dos que têm dificuldades no acesso aos serviços.
Tendências de inovação para o mercado financeiro
A inovação para o mercado financeiro já revela muitas tendências, algumas das quais estão em curso, mas tem potencial para alcançar uma amplitude ainda maior. Listamos algumas inovações que prometem causar ou aprofundar mudanças, e trazer vantagens importantes para o setor financeiro:
Uso abrangente de APIs
O uso de APIs, ou Interface de Programação de Aplicação, é uma grande tendência como inovação para o mercado financeiro, afinal, o trabalho com dados depende de uma padronização que permita o alinhamento e organização das informações. Uma análise de dados bem-sucedida está vinculada a esses fatores e os APIs possibilitam o gerenciamento apropriado para que tudo aconteça de maneira integrada.
Em tempo de transformação digital, os profissionais de TI e finanças devem tomar frente desses processos para dar mais segurança e qualidade aos processos financeiros. Com o suporte dos APIs, o negócio tem um maior controle e precisão no gerenciamento de dados, contando com a flexibilidade e opções de integração entre diferentes sistemas.
Aprimoramento de Privacidade
A evolução das leis de privacidade e proteção de dados, como a LGPD, aumentou a exigência em relação ao uso de dados pessoais, e os próprios usuários passaram a demandar mais confiança na relação com os serviços financeiros.
Nesse aspecto, a computação de aprimoramento de privacidade (PEC) é essencial como inovação para o mercado financeiro, pois dá conta de proteger os dados em uso e, graças a ela, as organizações conseguem processar e analisar informações de forma segura – algo que sem essa tecnologia não seria possível.
Segundo o Grupo Gartner, 60% das grandes corporações adotarão PEC nas suas atividades relacionadas à computação em nuvem e inteligência de negócio até 2025. O levantamento indica que a implementação aumenta com a necessidade de analisar fraudes, compartilhamento de dados e reprimir esquemas de lavagem de dinheiro.
Nesse cenário, soluções inovadoras que automatizam a busca e a consulta dos dados informados pelos consumidores no mercado financeiro, estão ganhando cada vez mais espaço.
Sistemas Autônomos
Mais acima, falamos um pouco sobre como as inteligências artificiais já contribuíram na inovação para o mercado financeiro. Essa é uma relação que só tende a se intensificar – e os sistemas autônomos com inteligência artificial vão fazer parte indispensável para o setor.
Os sistemas autônomos são caracterizados pela sua capacidade de analisar dados e de aprender a partir de tudo com o que entram em contato, além de fazer modificações nos próprios algoritmos em tempo real para aprimorar seu comportamento. Com isso, eles desenvolvem recursos tecnológicos que atendem situações e necessidades novas, aperfeiçoam sua performance e suas defesas contra ataques virtuais.
Como inovação para o mercado financeiro, os sistemas autônomos são aplicados, por exemplo, na criação de chatbots, que favorecem a gestão do capital humano no setor financeiro por automatizar vários processos. As IA são utilizadas também para desenvolver sistemas para gestão de dívidas, empréstimos automatizados e ainda servem como assistentes de finanças pessoais, facilitando a vida do público.
Blockchain
A criptografia do blockchain também é uma inovação para o mercado financeiro, contribuindo principalmente para garantir a segurança dos dados armazenados nos sistemas, mas não é só isso.
Além de contar com o blockchain como mais uma ferramenta capaz de identificar fraudes e inconsistências nas transações financeiras, as empresas do setor utilizam o seu suporte para diversas operações, como para reduzir a execução de tarefas manuais e aumentar a produtividade durante os processos.
Dark Analytics
Os Dark Data ou dados obscuros, são considerados lixo digital, consistindo em dados não tratados. Eles constituem 90% dos dados produzidos, mas por não serem utilizados para beneficiar as empresas, são simplesmente desperdiçados.
O Dark Analytics é a análise profunda e cuidadosa desses dados obscuros – dos quais a maioria é constituída por imagens, áudio e vídeo que qualquer usuário ou empresa produz – e se destaca como uma tendência na inovação para o mercado financeiro.
Quando investigados e tratados, os Dark Data se tornam extremamente relevantes para as organizações e podem ser usados estrategicamente. Ao serem reciclados, o que antes era lixo virtual vira matéria-prima de insights para inovações.
Eles ajudam no mapeamento orgânico do perfil e hábitos de consumo dos usuários, permitindo, inclusive, ampliar o nível de segurança e reduzir custos para empresas, algo que vai ser de enorme benefício para os serviços da área.
Conclusão
A inovação para o mercado financeiro acontece em diferentes âmbitos, mas, como vimos, o destaque vai para o desenvolvimento de sistemas de análise de dados que tornem o processo mais minucioso e, principalmente, mais seguro.
A confiança máxima nas operações que ocorrem nos serviços de finanças é uma preocupação constante das próprias organizações e dos usuários. A todo tempo estamos lidando com informações e investimentos que tornam este um campo vulnerável para ataques e fraudes.
Inteligência artificial, interface de gerenciamento e computação de aprimoramento de privacidade são algumas das tendências que já estão em evidência e só vão ganhar mais importância nos próximos anos pela capacidade de otimizar o funcionamento e a proteção desse setor.
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