E quem nunca sonhou em ter uma casa própria? Para aqueles que ainda não podem contar com um bom pé de meia, o financiamento imobiliário é um dos caminhos que possibilitam que esse desejo se torne realidade.

O financiamento imobiliário é um modelo de empréstimo. Para aquele consumidor que não possui o valor à vista do imóvel – sendo uma casa, apartamento ou até mesmo um salão comercial -, pode recorrer ao financiamento para comprar o seu imóvel.

O financiamento é válido para imóveis novos e usados, mas também poderá ser utilizado para construção ou reforma de um imóvel.

Geralmente, o crédito é concedido por instituições financeiras e o consumidor paga o valor final por meio de parcelas com o acréscimo de juros e correção monetária. Um financiamento pode ter um prazo de quitação de até 35 anos, dependendo do valor total do imóvel, das parcelas e da renda do comprador.

Mas, imagina só encontrar uma oportunidade extremamente vantajosa e na avidez de conseguir o quanto antes concretizar o sonho da casa própria, descobrir que todo o esquema era uma armadilha de fraudadores? Que cilada!

Por isso, é muito importante estar atento a todos os detalhes para não cair em golpes que podem prejudicar a sua aquisição ou fazer o comprador ter gastos equivocados.

Golpe dos múltiplos compradores

O imóvel é negociado para vários compradores de uma vez só. O farsante pode pedir algum dinheiro de entrada ou sinal para “garantir” determinado imóvel e acaba praticando essa mesma promessa para todos os interessados. No final, ele some com todo o dinheiro, e as vítimas só descobrem o golpe depois de ter perdido a quantia já transferida.

Sempre que aparecer uma oportunidade de aquisição de um imóvel, analise quem é o vendedor e se tem uma empresa habilitada e idônea como intermediadora do negócio.

Propriedade com dívida

Quando um imóvel é “herdado”, ele vem com o pacote completo, inclusive, as dívidas do bem. Por isso, algumas pessoas podem transferir o imóvel para outra pessoa e depois colocá-lo à venda, a fim de ficar apenas com o dinheiro e todos os débitos com o “novo dono” da propriedade. Fique atento e verifique todos os detalhes e pendências financeiras de um imóvel antes de dar ok em sua transferência.

Além disso, é possível realizar uma consulta nos Cartórios de Imóveis do seu município ou no CEDI (Cadastro de Edificações do Município de SP) e emitir o histórico da Edificação. Através deste documento, o interessado poderá comprovar a situação do imóvel e saber se ele está regular ou irregular.

Golpe do porteiro

Neste tipo de fraude, os falsos corretores ficam de olho em imóveis que não têm mais proprietários morando e se aproveitam para pegar as chaves com o porteiro, levando potenciais compradores para visitar a propriedade e cobrar um adiantamento como garantia de reserva do imóvel.

No entanto, o golpista sequer têm relações com o proprietário do imóvel, que acaba tendo sua compra não concretizada.

Golpe da documentação falsa

Muitos imóveis podem ter alguma pendência financeira, judicial ou relacionada com garantia em alguma operação. Como essa análise é realizada pela instituição financeira para conceder o financiamento, o vendedor se antecipa e já providencia uma documentação falsa para ludibriar o comprador e assim conseguir um sinal ou entrada do imóvel.

O vendedor foge com o dinheiro e o banco acaba negando o financiamento por alguma inconsistência no documento, por exemplo.

Anúncio falso

O ditado “é bom demais pra ser verdade” não poderia ser melhor empregado do que nesse golpe. Aquele anúncio na internet de um imóvel incrível, em uma ótima localização, super barato e com entrada baixinha? Pois é, geralmente nem existe.

No golpe, o vendedor pede um sinal para segurar o imóvel e depois o comprador fica a ver navios. Caso o vendedor não seja de uma intermediadora confiável ou se esquive de visitas no imóvel, fuja na hora.

Golpe do casal

Um dos cônjuges tenta vender o imóvel sem a autorização do parceiro, usando procurações e assinaturas falsas. A venda não pode ser concretizada sem a autorização do outro proprietário, mas até chegar nesse veredito, a pessoa golpista já pode ter conseguido o dinheiro da vítima para garantir a compra.

Financiamento ou consórcio?

Algumas empresas também podem usar do artifício de entradas mais baixas para oferecer um sistema de consórcio ao comprador, que, sem ao menos ler cuidadosamente o contrato, assina e se confunde achando que já terá a carta de crédito na mão.

Lembre-se que no consórcio, você precisa ser sorteado entre um grupo de mais pessoas, dar um lance ou quitar o contrato para ser contemplado e então ter a sua esperada carta de crédito, diferentemente do financiamento onde o crédito é liberado diretamente com a instituição financeira de forma mais ágil.

Nunca é demais o alerta:

Antes de efetuar qualquer pagamento ou assinar um contrato, analise todos os documentos e verifique se o negócio é seguro e honesto para evitar cair em armadilhas e perder o seu dinheiro. Cheque todos os detalhes possíveis através do CEDI ou da prefeitura do seu município para saber a situação do imóvel desejado.

E você, já conheceu alguém que caiu em um golpe imobiliário? Conta pra gente! Mas se você já passou por problemas similares com determinada empresa da categoria, registre seu caso no nosso site para tentar chegar em um acordo com a empresa ou até mesmo como forma de alerta para outros consumidores. Saiba que no Reclame AQUI, você também tem acesso à reputação de milhares de empresas, que te auxilia na hora de fechar um negócio, com muito mais segurança e confiança.

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