Por: Ana Luiza Mahlmeister
A expansão do crédito e do financiamento, com a incorporação ao mercado de uma grande massa de clientes pelas instituições financeiras, fez crescer a procura por ferramentas de gestão de risco. Com as crises americana e europeia, a luz amarela acendeu e incentivou a busca por sistemas que ajudem mapear clientes, evitar fraudes e apontar riscos para preservar o patrimônio das empresas.
A onda do chamado “big data” – conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em grande volume e velocidade – trouxe a necessidade de ferramentas mais ágeis para tomada de decisão. “A demanda por sistemas que integrem fontes de dados internos e externos permite a geração de políticas para a validação de risco de crédito, por exemplo”, explica Fernando Guimarães, coordenador de software da Stone Age que oferece soluções de inteligência analítica para instituições financeiras e empresas.
Nos últimos anos perto de 40 milhões de pessoas com pouco contato com os bancos tiveram acesso a algum produto financeiro. “O mercado cresceu bastante com o crescimento do crédito e naturalmente as empresas precisam ter processos automáticos eficazes para tomar decisões”, afirma Claudio Pasqualin, diretor de produtos e desenvolvimento de negócios da Crivo TransUnion. A empresa oferece ferramenta de gestão de crédito para 130 clientes entre instituições financeiras, mercado de telecomunicações, seguradoras, indústria e empresas de cobrança. “Cada vez mais as empresas adotam processos automáticos para dar eficácia às decisões”, afirma.
As instituições financeiras buscam eficiência na relação de crédito com o cliente e na hora da cobrança, respeitando os tempos e possibilidades de pagamento. “Isso depende de uma análise apurada da cada cliente. Além de um sistema que agiliza a decisão, as instituições financeiras precisam de um bom sistema de workflow e automação de processos internos para captação de informações das lojas que são a base de um processo analítico do cliente ajudando na prevenção de fraudes”, diz Pasqualin. O sistema da Crivo TransUnion capta informações de mais de 300 bases de dados externas para dar consistência à decisão de crédito.
Outro risco que está na pauta das empresas é o corporativo. “Com a crise econômica ficou provado que os bancos brasileiros estavam blindados por uma série de regulamentações do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) graças à gestão de risco. Esse conceito do sistema financeiro serviu de exemplo para as empresas que tem buscado protegerem seu patrimônio”, avalia Pedro Barruzi, diretor da Minicom Tecnologia. A principal demanda, segundo o executivo, é por sistemas de mapeamento de riscos que permitem reagir de forma proativa e faz propostas de ação.
A Minicom Tecnologia firmou uma parceria com a consultoria Brasiliano & Associados para o desenvolvimento do Business Impact Analisys (BIA) criado a partir da plataforma Magic. O sistema controla processos atacados por influências externas e internas e mapeia esses eventos para que a empresa não seja pega desprevenida. “Os sistemas automatizados começam a substituir as antigas planilhas de riscos”, afirma Barruzi. O executivo pode consultar a situação de risco da empresa em seu tablet visualizando uma matriz que aponta situações de risco através de cores. “Ao se deparar com uma área em vermelho ele pode atacar o risco mais prontamente.”
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