O volume de crédito oferecido pelas instituições financeiras ao consumo no varejo neste final de ano deverá ser maior do que em 2012.
A Losango, promotora de vendas do Grupo HSBC, no último trimestre deste ano, vai oferecer às redes varejistas em todo o Brasil R$ 1,15 bilhão, 15% a mais em relação ao que foi disponibilizado em 2012.
“Esse período do ano é o mais aquecido para o varejo”, lembra Hilgo Gonçalves, executivo-chefe da Losango.
“Esperamos ter um crescimento interno neste ano de 6%. O primeiro semestre de 2013 foi mais difícil”, afirma Gonçalves.
A maior oferta de crédito possibilita aos lojistas oferecerem mais opções e prazos mais longos de pagamento ao consumidor final para a aquisição de bens.
As operações são feitas por meio do CDC (Crédito Direto ao Consumidor), cartões e empréstimo pessoal.
Além de parcerias com grandes varejistas, a promotora de vendas trabalha também com empresas do setor varejista de pequeno e médio porte em mais de 2.000 municípios de todo o Brasil.
A maior atuação da financeira concentra-se nos segmentos de móveis, eletroeletrônicos e materiais de construção, que representam 60% dos seus negócios.
Demanda reprimida
Apesar do grande potencial de desenvolvimento do mercado de microcrédito no Brasil, as instituições financeiras ainda operam de maneira incipiente no fornecimento desse serviço.
É o que revela um estudo do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento), desenvolvido em parceria com a Fundação Dom Cabral, que será divulgado amanhã.
“As instituições precisam sair da zona de conforto e promover adequações para facilitar o acesso a esse produto”, afirma Fernanda Gimenes, coordenadora da câmara de finanças sustentáveis do CEBDS e responsável pela elaboração do estudo.
“O microcrédito é destinado a um público que exige uma metodologia diferente e um acompanhamento maior ao longo do financiamento.”
Educação financeira, capacitação dos agentes de créditos, proximidade com o cliente e monitoramento são algumas mudanças propostas pelo documento.
“O microcrédito está entre as mais promissoras estratégias de combate à exclusão social”, afirma Marina Grossi, presidente do conselho.
“Diferente das iniciativas filantrópicas, ele gera benefícios para todos os envolvidos –empreendedores e vizinhos, empresas e governos.”
O relatório também aponta como entrave o baixo incentivo da regulamentação atual à concessão do serviço.
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