O volume de crédito bancário na economia atingiu pela primeira vez a marca dos R$ 3 trilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Em dezembro de 2014, o estoque de crédito somou R$ 3,022 trilhões, cifra que equivale a 58,9% do PIB.
Durante o ano, houve uma alta de 11,3%, abaixo dos 12% esperados pelo próprio BC e dos 14,6% observados em 2103. Ainda assim, o crédito seguiu crescendo a uma taxa mais alta do que o PIB nominal (expansão de 5,95%, pelas estimativas da autoridade monetária), contribuindo como um fator de sustentação da demanda agregada.
Em 2014, o crédito cresceu mais fortemente nos empréstimos direcionados (avanço de 19,6%) do que no chamado crédito livre, com alta de 4,7%. O crédito cresceu mais forte nas operações com pessoas físicas (alta de 11,3% no ano) do que nas operações com empresas (9,8%).
No crédito direcionado, o destaque são as operações com o BNDES e o crédito imobiliário, que avançou 26,7%. Em 2013, o avanço do crédito imobiliário havia sido um pouco mais forte, com uma expansão de 33,7%.
O crédito livre teve avanço particularmente mais fraco nas operações com pessoas jurídicas, com avanço de 3,9%, ante 8% observados em 2013. As linhas de capital de giro, que, grosso modo, representam metade do crédito livre às empresas, tiveram um avanço de apenas 1,8%. O crédito livre a pessoas físicas cresceu 5,5% em 2013.
O destaque negativo foram as operações de financiamento de veículos, com recuo de 4,4% no ano. Em dezembro, porém, houve um aumento de 24,4% nas concessões de financiamentos de veículos, em grande parte devido à antecipação da compra de carros às vésperas do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos.
Os juros médios cobrados pelos bancos no crédito livre subiu de 29% ao ano para 32,4% ao ano, em grande parte devido à alta da taxa básica de juros da economia. Já no crédito direcionado, oscilou de 7,5% para 7,8%. Na média total, houve avanço de 19,7% para 20,9% ao ano.
O spread bancário médio aumentou de 11,1 pontos percentuais para 12,1 pontos percentuais. A taxa de inadimplência recuou levemente durante o ano, de 3% para 2,9%. Nos bancos públicos, houve aumento, de 1,8% para 2,1%. Mas, entre novembro e dezembro, os bancos públicos melhoraram seu índice, de 2,3% para 2,1%.
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