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19 de agosto de 2014 - 18:03

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Por: Felipe Marques

O crédito imobiliário vai precisar de um impulso no segundo semestre se quiser encerrar o ano crescendo na velocidade prevista pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Os desembolsos de financiamento imobiliário com recursos da poupança encerraram o primeiro semestre com R$ 53,1 bilhões concedidos, um crescimento de 7% na comparação com igual período de 2013, e longe da projeção da entidade para o fim do ano, de avanço de 15%.

O mês de junho foi particularmente ruim, com a grande quantidade de feriados e os jogos da Copa do Mundo esfriando a venda de imóveis usados e os lançamentos de incorporadoras. No mês, foram desembolsados R$ 9 bilhões em empréstimos imobiliários, valor 19% menor que igual período do ano passado. Em junho de 2013, a modalidade bateu o recorde de desembolsos desde o começo do real (R$ 11,2 bilhões). Ante o volume de maio, houve recuo de 7%.

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Esse foi o primeiro mês desde setembro de 2012 em que houve uma queda na comparação com igual período do ano anterior. “Com os feriados e a Copa, junho parou”, disse o presidente da Abecip, Octávio de Lazari Junior. Segundo o executivo, sem o “efeito junho”, estimava-se um avanço próximo de 13% para o semestre.

A Abecip segue apostando em um avanço de 15% para o ano e espera uma aceleração dos desembolsos no segundo semestre. “Mesmo com eleição, vamos chegar aos 15%”, afirmou Lazari, ponderando que a segunda metade do ano costuma ser mais forte em crédito imobiliário. A melhora do segundo semestre, contudo, vai ter que esperar julho passar, já que o mês também sofreu os efeitos negativos do Mundial. “Agosto e setembro vão ser referências melhores para o resto do ano”, disse.

Os desembolsos de crédito para aquisição de imóveis somaram R$ 38,3 bilhões, com avanço de 8% na comparação anual. Olhando apenas imóveis usados, foram concedidos R$ 23 bilhões no período, queda de 0,07% ante 2013. Já para a construção de imóveis, foram R$ 14,8 bilhões desembolsados no semestre, um crescimento de 4% na mesma comparação.

Quem deixou para financiar a casa própria no segundo semestre pelo menos não vai precisar se preocupar em pagar mais caro por isso. Segundo Lazari, a perspectiva de aumento de taxas de juros no crédito imobiliário nos próximos meses “tende a zero”. “A oportunidade para aumento de taxas ficou para trás”, disse, citando a forte competição no segmento.

O executivo afirma que não chegou a 0,5% ao ano o acréscimo nas taxas de juros do financiamento imobiliário no rastro do aumento da Selic do último ano. “Quem mais corrigiu foram os bancos que estavam mais fora da curva, como os públicos. Se você olhar as taxas de juros dos bancos privados hoje, é difícil dizer qual é qual.”

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, que cobrava 6,91% ao ano, em média, no financiamento habitacional em janeiro, passou a cobrar 7,46% em junho. No Bradesco, a taxa passou de 8,47% para 8,69% no mesmo período, segundo o Banco Central.

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