Desde que o mundo é muito e que o homem habita o planeta terra registra-se o eterno conflito entre o Bem e o Mal.
Como sair deste dilema que é base de todo o desenvolvimento da personalidade humana e de nossas capacidades de escolha no dia a dia.
E você de que lado está? Será que existe algum lado afinal, ou tudo faz parte de um único objetivo de otimizarmos nossa qualidade de vida a aprendermos a lidar com os eventuais exageros que assumimos quando não percebemos a melhor decisão a ser tomada no momento.
Mas, imagino que a grande resposta a essa pergunta seja, “É claro estou do lado do bem!”
Seja o consumidor de crédito ou o fornecedor, quando entram em um contrato devem saber exatamente seus riscos e benefícios, para no futuro não se sentirem vítimas do outro. Não há uma questão aqui de exploração obrigatória e sim, um acordo bilateral.
Claro que cada um de nós pode avançar mais no campo de conscientizarmo-nos do impacto que temos no outro quando usamos da manipulação, mesmo que considerada “positiva”. Podemos sempre deixar tudo mais claro antes de fecharmos nossos acordos e buscarmos metas mais saudáveis para ambas as partes.
Não há uma questão moral aqui e sim uma questão de sabermos os limites de nossas decisões para que os impactos gerem saúde e não doença, que não interessa a ninguém.
É claro que cada um deve entender o efeito de seus atos, e entender o quanto esses atos prejudicam o próximo, porém em muitas ocasiões esta relação é quase que inconsciente.
Vamos então a um cenário mais amplo, pensemos no cenário político, econômico e financeiro, onde por muitas vezes insistisse em categorizar classes: Ricos e Pobres, Patrão e Empregado, Banqueiro e Bancário.
Se você faz parte de um dos lados, o outro já lhe vê como o mal, ou em defesa de alguém?
Na realidade, de algum modo vivemos os 2 lados ao mesmo tempo, de alguma forma, seja direta ou indiretamente…pois estamos no mesmo mundo e convivemos no mesmo espaço físico, econômico e financeiro. Se falta dinheiro para uma parte, geramos desequilíbrio e violência, além de dor e tristezas.
Se não temos quem deseje o crédito, não teremos quem o forneça e vice-versa.
Ocorre que no mercado financeiro está relação entre Banco e Consumidor, é muito relativa. Se acreditarmos no poder do “enganar o outro”, temos também que lembrar do poder ainda maior do “auto-engano”, mesmo que inconsciente.
Crédito consciente é para ambas as partes, e o inconsciente também.
Bancos, Financeiras e etc… existem para serem lucrativos, e sua lucratividade vem exatamente da relação que se estabelece com a relação credor e devedor e não deve ser visto como “o vilão”, afinal ele é uma opção, uma alternativa para gerar valor a quem busca valores.
O Devedor ao aceitar uma relação, concordou com os termos do contrato, independente de qualquer discussão que possa surgir depois alegando juros abusivos, e outras questões.
Mas, qual o nível de consciência do Fornecedor e do Credor?
Esta é a questão principal.
Quando empresas se posicionam e emitem suas opiniões elas por muitas vezes buscam elucidar, mostrar o caminho correto.
A questão ao fim de tudo isto é: As relações só podem ser duradouras quando ambos os lados se beneficiam do processo. Qualquer relação onde exista abuso pode até ser satisfatória de início para um dos lados, porém não é sustentável.
Bancos ganham com taxas de juros elevados? Sim é verdade, a questão é até quando esta relação será ou não saudável e duradoura.
Ninguém casa pensando em separação, e no mercado as relações também tem por objetivo serem duradouras.
Por isso vale sempre avaliar o peso de cada lado da balança em cada relação pessoal, profissional ou de prestação de serviço, pois as melhores relações são aquelas que permitem a famosa relação Ganha X Ganha.
Eduardo Tambellini – Sócio Diretor da GoOn
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