Por: Mário Sérgio Lorenzetto
As mágicas bancárias estão aí: você precisa ficar atento
Você está na fila do supermercado para pagar as compras feitas com seu cartão de crédito. Você olha para quem está na fila. A senhorinha que foi comprar pão e leite para o lanche, a criança que chora pedindo um chocolate para a mãe, o jovem apressado que comprou cerveja e a mocinha com um vidro de esmalte na mão. Acredite: são eles que estão pagando sua conta.
O dinheiro deles está espalhado por todos os bancos. É esse dinheiro que você pega emprestado na hora em que faz uma compra no cartão cujo pagamento vencerá daqui a muitos dias. A população inteira, que tem conta no banco, é seu credor. Não tenha dúvida: a senhorinha, a mãe, o rapaz e a mocinha estão pagando uma fração de sua conta. Alguns bilionésimos de centavos saíram direto do bolso deles. Comece a questionar: o que é um banco? Não passa de um intermediário entre pessoas com algum dinheiro sobrando e pessoas com algum dinheiro faltando.
O giro que o dinheiro faz…
Se você acabou de comprar um apartamento financiado, deve dinheiro não exatamente ao banco, mas sim às milhares de pessoas que, sem saber, o ajudaram com uma fração do dinheiro delas. O banco só faz o meio de campo nessa transação e cobra pelo serviço. É bastante pagar a taxa bancária, mas a alternativa a usar um banco na hora de comprar um apartamento de R$ 200 mil seria ir até à rodoviária e pedir microempréstimos de R$2 para cem mil pessoas. É isso que o banco faz. Eles montam milhares de agências em todos os cantos do país para, principalmente, conseguir empréstimos de todos os tamanhos.
Óbvio que o seu dinheiro também está nessa roda de microempréstimos. Tudo que você tem na conta-corrente não está lá. Já foi emprestado. Alguém trocou de carro, comprou uma casa ou pagou a conta da academia com o seu dinheiro. Mas a roda bancária não para nisso
A outra grande função dos bancos é maior que fazer essa coleta de dinheiro e cobrar juros. Agora, prestem bastante atenção: os bancos são os verdadeiros mágicos de nossa sociedade. Se existe algum lugar onde ocorre magia não é na televisão e sim nos bancos. Os bancos multiplicam dinheiro: R$ 100 se transformam em R$ 200, que viram R$ 400… Tudo isso sem entrar dinheiro novo algum na jogada.
Magia dos bancos tem a capacidade de confundir
Vamos desvendar o truque mágico dos bancos. Digamos que você vai acertar o financiamento daquele apartamento de R$ 200 mil. Quando você fecha o financiamento, o banco vai lá e dá a grana toda, à vista, para a construtora. Aí é aquela história já contada: esse dinheiro saiu dos depósitos que milhares de outros clientes fizeram nas contas deles.
Mas acaba aí? Não! Se o dono da construtora converter o cheque dele em papel moeda e colocar tudo em uma sala, para ficar namorando esse dinheiro que nem o Tio Patinhas, acaba.
Provavelmente ele preferirá colocar os R$ 200 mil em uma conta bancária. Só que o dinheiro não vai ficar parado. Essa opção não existe, é igual a crer em Papai Noel. Os R$ 200 mil vão ficar disponíveis para o outro banco emprestar.
Voltando ao início: todos pagamos pelo que todos emprestam
Bem, agora o dono do supermercado, aquele da senhorinha, a mãe, o rapaz e a mocinha – foi pedir um empréstimo nesse banco: R$ 200 mil para financiar a compra de vinhos. O banco pega os mesmos R$ 200 mil que a construtora depositou e repassou como empréstimo, para o dono do supermercado. Nisso, o dono do supermercado comprará os vinhos com um dinheiro que tinha sido emprestado para você comprar um apartamento – um dinheiro que você ainda não pagou, mas que já está girando na economia.
E não para aí. Alguma empresa vendeu os vinhos para o dono do supermercado. E agora essa empresa tem os R$ 200 mil na mão. Então vamos fazer um replay da jogada dos bancos. A construtora recebeu os R$ 200 mil. O dinheiro foi para a empresa de vinhos. Só que esse mesmo dinheiro continua no saldo da construtora. Em verdade, consta no saldo da construtora e na da empresa de vinhos. O mesmo dinheiro consta em duas contas distintas. Só consta, mas não existem os dois papéis moeda. Multiplicam o dinheiro sem que ele exista sob a forma que conhecemos – papel moeda.
Quem tentou, mas não foi selecionado, ainda pode tentar colonizar Marte
Mais de 200 mil pessoas – entre elas muitos brasileiros – se inscreveram para participar da primeira colônia em Marte, projeto organizado pela holandesa Mars On. Nesta semana, a empresa divulgou o resultado e são exatos 1.058 os felizardos a colonos espaciais a partir de 2025. Entre os selecionados, estão candidatos de 140 países. Para chegar ao Planeta Vermelho, a Mars On conta com financiamento coletivo. Para, definitivamente colonizar Marte, os selecionados terão que passar por muitos testes físicos e mentais e demonstrar capacidade emocional de permanecer no projeto.
Céticos não faltam, mas também apoiadores, como o Nobel de Física em 1999, Gerard’t Hoofd. Também não faltam obstáculos, considerando em primeiro lugar os US$ 6 milhões necessários para a estrutura. Os aventureiros, se chegarem, não poderão regressar à Terra, terão que viver em pequenas unidades, cultivar os próprios alimentos, encontrar água e, algo que com certeza não fazer por aqui: produzir o próprio oxigênio. Diante do quadro, enfrentar uma temperatura média de 63 graus Celsius negativos é fichinha.
Sem chance em locais públicos, cigarros poderão desaparecer do Reino Unido até 2026
As perdas de € 514,3 milhões para a indústria inglesa após a proibição de fumar em público, em 2007, indicam que a prática vai acabar no Reino Unido até 2026. O consumo naquele país caiu 80% nas últimas duas décadas, conforme o Financial Times. A procura por charutos, por exemplo, recuou em 40%. E não é só no Reino Unido que essa tendência de mercado será marcada. Há leis rigorosas anti-tabaco na China e, até o próximo ano, será proibido fumar em locais públicos fechados de Portugal, como restaurantes, bares e cafés e boates.
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