A GoOn, maior consultoria de Gestão de Riscos do Brasil, iniciou no começo de 2016 uma pesquisa abordando sua base de relacionamento (formada por mais de 5.000 profissionais), em diversos níveis de decisão e nos mais variáveis segmentos do mercado de Risco, Crédito e Cobrança.
O ano de 2016 começou cheio de desafios. Diante de uma base importante, a GoOn mapeou o segmento, seu comportamento diante do complexo cenário econômico e lançou o “Termômetro de Crédito”, explica Eduardo Tambellini, sócio Diretor da GoOn.
Desde então, a consultoria manteve uma periodicidade bimestral e, além de perceber uma mudança no “termômetro”, a cada nova edição, ainda inseriu perguntas adicionais e específicas ao momento e ao cenário político e econômico do país.
O atual levantamento, realizada no período de 18 a 21 de Julho, ficou divido da seguinte forma:
A primeira interrogativa da pesquisa faz referência ao mercado de crédito: “Como cada profissional visualiza a evolução da concessão de crédito no mercado para os próximos 6 meses?” O “termômetro” mostra uma expectativa mais positiva na atual aferição, quando comparada com a última pesquisa.
Enquanto a grande maioria 59,4% em janeiro acreditava que o volume de novas concessões iria cair, agora em julho a perspectiva mudou para 16,2%, ou seja, aumentou em 43,2% a percepção de melhora em novas concessões. “Isso está ligado também com a melhora de confiança na nova equipe econômica”, destaca Tambellini.
Quando o assunto é inadimplência, por melhor que tenha sido o otimismo do público de Janeiro a Julho, a grande maioria ainda aposta em um aumento da inadimplência para os próximos 6 meses, conforme podemos visualizar no quadro abaixo:
O cenário de crescimento da inadimplência em 2016, também é muito ligado ao aumento do desemprego, que atingiu 11,2% no último trimestre encerrado em Abril. Entendendo a importância deste indicador para o cenário de crédito, a pesquisa questionou: “Como as pessoas percebiam os novos desligamentos previstos em suas empresas e em empresas de familiares ou amigos?”
A percepção de desligamentos mostrou-se ainda preocupante no período consultado, porém o termômetro ainda sinaliza uma expectativa de novos desligamentos para os próximos meses: 51,3% dos que responderam acham que ainda haverão desligamentos, porém em um ritmo menos acelerado, contra 41,1% em Maio.
O indicador ainda mostrou uma mudança de percepção daqueles que não viam mais possibilidades de novos desligamentos, nesta resposta os percentuais de pessoas ultrapassaram 41,12% em maio, contra 33,80% em Julho, mostrando ainda um clima de instabilidade no cenário.
A melhora nos indicadores de Crédito e Inadimplência, de Janeiro a Julho, está diretamente ligado ao cenário político econômico do País. “Isso podemos perceber nas duas perguntas realizadas nas duas últimas pesquisas”, afirma Tambellini.
Logo após o afastamento da Presidente Dilma Rousseff, a GoOn fez a seguinte pergunta: “Com o Impeachment e o novo governo, como você acredita que ficará o cenário econômico para os próximos meses?” A resposta mostrou um resultado dividido entre aqueles que esperavam uma melhora (42%) e aqueles que ainda entendem que há muito à fazer (55%).
Passados 2 meses do governo Temer, o levantamento abordou “Como cada percebia a confiança no futuro?” As respostas daqueles que entendem que o cenário melhorou, representou 76%, enquanto apenas 4% acreditam que o cenário piorou.
Para a GoOn, o ano de 2016 ainda reserva fortes mudanças de cenário, tendo como expectativa – a partir da definição do afastamento definitivo ou não da presidente Dilma – profundos reflexos e oscilações nos indicadores.
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Atuo na área de desenvolvimento de negócios em uma instituição financeira e tenho especial interesse na área de crédito e cobrança.