Jair Lantaller*
O índice de desemprego no Brasil está nos baixos patamares dos últimos anos, cerca de 5%. Há menos de dez anos também tínhamos índices baixos, aproximadamente 10%. Se compararmos com a Espanha, que vive uma crise de empregos há décadas, onde um em cada quatro adultos está sem trabalho, a nossa situação é bem confortável. Mais da metade dos jovens espanhóis com menos de 25 anos não possui emprego.
O cenário é positivo em parte pela queda na população economicamente ativa, ou seja, por aqueles que de fato procuram emprego. Mas também por anos seguidos de aquecimento da economia e pela ascensão e ampliação da classe C. Com menos trabalhadores no mercado, as empresas estão investindo, cada vez mais, nos seus funcionários e buscando novos caminhos para formar mão de obra.
As empresas de recuperação de crédito, que sempre tiveram vagas de emprego, têm encontrado soluções criativas para ampliar a oferta de mão de obra. Um mercado, que tradicionalmente sempre ofereceu o primeiro emprego para um trabalhador, agora vai ao Ensino Médio para encontrar novos talentos.
O setor, segundo dados do Ministério do Trabalho, emprega cerca de 100 mil trabalhadores diretos mas, contabilizando os indiretos e os funcionários registrados em áreas administrativas e em call centers, o número pode até crescer em 50%, chegando aos 150 mil empregados.
Várias empresas de cobranças têm firmado convênios com secretarias de Educação de estados e municípios para indicar os melhores alunos do Ensino Médio que passam por processos seletivos, antes de ter a carteira de trabalho assinada. Em muitas delas, 20% do quadro de funcionários em período de experiência são egressos desses programas.
Jovens, alguns entre 16 e 18 anos, são recebidos nas empresas até com a presença de seus pais. Eles passam por treinamentos, de aproximadamente uma semana, onde os temas abordados são: Integração Institucional, Capacitação e Prevenção de Riscos a Saúde, Excelência em Atendimento ao Cliente, Práticas de Negociação, Sistemas e Produto. Depois da iniciação teórica, o novo funcionário é apresentado ao gestor imediato, na área operacional, para assim continuar o trabalho de desenvolvimento. O jovem passa a acompanhar um veterano para absorver as ações práticas.
Após o processo inicial, os departamentos de qualidade e treinamento partem para a 2ª fase de desenvolvimento, executando a monitoria das ligações realizadas pelos novos funcionários, aplicando feedbacks periódicos e também apontando aos responsáveis a necessidade de novos treinamentos, agora voltados a reciclagens e atualizações de procedimentos.
Todo o processo de contratação de novos talentos pelas empresas de recuperação de crédito é auditado pelo IGEOC, instituto que zela pela excelência do setor. O Instituto GEOC certifica com um Selo de Qualidade as empresas que investem e oferecem as melhores práticas do mercado.
A oportunidade de um primeiro emprego e uma seleção criteriosa fazem do setor de recuperação de crédito um segmento cada vez mais forte na economia com responsabilidade social.
*Jair Lantaller é vice-presidente do Instituto GEOC
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