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Queda de calotes encontra barreiras

por: Afonso Bazolli
fonte: Valor Econômico
27 de agosto de 2013 - 18:06

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Pilotar o crédito em um banco de varejo até o fim de 2013 vai ser como dirigir um carro recém consertado em pista molhada. Há a tentação de acelerar o motor, uma vez que os calotes estão baixando, para compensar o tempo perdido. Por outro lado, o trauma da inadimplência ainda é recente e o ambiente macroeconômico pede cuidado adicional. A visão de economistas é que, em um cenário em que a renda real cresce menos e o emprego perde o fôlego, o equilíbrio entre a continuidade da queda na inadimplência, em especial nos empréstimos para pessoas físicas, e uma velocidade maior de originação não será fácil.

A taxa de inadimplência na pessoa física com recursos livres, o maior espinho nos balanços do sistema financeiro, recuou 0,7 ponto percentual de janeiro a junho, para 7,2%. Os maiores bancos privados acompanharam essa tendência e seus executivos afirmaram que os calotes devem recuar ainda mais até o fim do ano. O que está em jogo é a velocidade do movimento e, ainda, o quanto pode resistir a uma deterioração da capacidade de pagamento das famílias.

Há quem avalie que a deterioração da inadimplência dará as caras até o fim do ano. Para Maurício Molan, economista-chefe do banco Santander, a taxa de atrasos na pessoa física encerra 2013 em 7,4%. Para 2014, sua projeção é de 7,5%. A Tendências Consultoria, embora não espere um aumento do indicador, acredita que os calotes devem cair marginalmente para 7,1% até o fim do ano e seguir próximos desse patamar em 2014. Nas duas avaliações, a culpa recai sobre a piora da capacidade de pagamentos da famílias, consequência do aperto monetário e do mercado de trabalho mais difícil.

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Comentários (2)
  1. espero contribuir com o espirito dessa matéria!

    geraldo gomes em 29 de agosto de 2013 - 13:48
  2. Essa matéria comete o mesmo erro de outras q versa sobre crédito, ou seja, fala das consequencias, jamais das causas. Risco é tudo que não conhecemos e nossos executivos de credito virararam SERASISTAS, e seus gerentes comerciais, vendedores de produtos. Ninguem vai num canteiro de obras buscar informações sobre uma cadeia economica de negócios para os agentes serem os principais fomentadores. Uma pena!

    geraldo gomes em 29 de agosto de 2013 - 11:43

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