À medida que o país volta a crescer, e com condições melhores de crédito, o Banco Central (BC) vislumbra uma melhora no perfil de endividamento das famílias. Conforme afirmou ontem o diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, embora o brasileiro esteja mais endividado, o comprometimento de renda para o pagamento de dívidas é menor.
Ele avisa que os índices de inadimplência devem ceder em um futuro próximo, em grande parte, devido a esta melhora. Atualmente, a inadimplência superior a 90 dias está em 7,86%. Já a superior a 15 dias e inferior a 90 está em 5,94%.
Segundo Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a política de redução da taxa básica de juros teve papel importante para a evolução do endividamento. “Não dá para comemorar ainda, até porque a taxa Selic é alta se comparada a outros países. Mas se os juros continuarem neste patamar e a concorrência bancária forçar o mercado a trabalhar com juros menores, esse perfil continuará melhorando.”
Além disso, argumenta Oliveira, outros três fatores ajudarão o Banco Central a reduzir a inadimplência. O crescimento econômico; a melhora da qualidade dos tomadores de empréstimos; e uma possível redução da inflação a partir do segundo semestre. “Tudo se resume ao aumento do poder de compra e a uma análise mais criteriosa, por parte dos bancos”, diz.
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