Bandeira tarifária, que entra em vigor em janeiro, pode levar a aumento na conta de luz de até 15% de um mês para o outro
Sistema prevê repasse imediato de custo com a geração extra das usinas térmicas. Atualmente, isso ocorre apenas uma vez ao ano
Por: Ramona Ordoñez
O novo sistema de cobrança de energia, de bandeira tarifária, que entrará em vigor em janeiro vai fazer com que o consumidor brasileiro assuma riscos do setor elétrico que não são dele. O alerta foi feito pelo especialista Roberto D’Araújo, diretor do Ilumina, organização não governamental especializada em energia.
Por meio do sistema de bandeira tarifária, todos os consumidores arcarão imediatamente com os custos extras da geração das térmicas, por exemplo, em vez de esses custos serem repassados apenas uma vez por ano, na época de reajuste das tarifas. Segundo o especialista, isso vai fazer com que as tarifas possam sofrer uma variação entre 10% e 15% de um mês para o outro, o que vai demandar dos consumidores, principalmente industriais e comerciais, um grande esforço de gestão.
— Se o consumidor vai ter que pagar quando os reservatórios das usinas estão baixos, eles também vão receber descontos quando estiverem elevados? — indagou D’Araújo.
A partir de janeiro, passará a vigorar o sistema de bandeiras tarifárias, pelo qual cada distribuidora terá uma tarifa-base, que sofrerá acréscimos em função da necessidade de complementação térmica, como está ocorrendo agora.
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