Taxa chegou a 5% em dezembro, maior patamar registrado desde agosto de 2009
Por: Tatiana Resende Venceslau Borlina Filho
A taxa de inadimplência de veículos superior a 90 dias alcançou 5% da carteira de crédito para pessoa física em dezembro no país. O percentual é o dobro do registrado no mesmo mês de 2010 e o mais alto desde agosto de 2009.
Na opinião de Ayrton Fontes, consultor em varejo automotivo, o indicador deve aumentar mais neste ano, refletindo empréstimos feitos em 2009 e 2010. “Os bancos agora estão mais reticentes [ na concessão de crédito].”
Segundo o economista, já há restrições no financiamento para autônomos e, mesmo para os que têm carteira assinada, as instituições financeiras estão priorizando quem tem mais de três anos no mesmo emprego.
Na região da Grande São Paulo, afirma, somente 3 em cada 10 pedidos de empréstimos são aprovados.
A taxa de juros também subiu, de 1,89% ao mês para 1,96% no período. Mas, para Carbonari, deve cair por causa dos cortes na taxa básica de juros Selic.
Os financiamentos via CDC ( Crédito Direto ao Consumidor) somaram R$ 172,9 bilhões, alta de 23,2% no ano. As vendas à vista foram 38% do total. O leasing, 5%.
Para Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), um dos motivos foi a perda de poder de compra do consumidor, corroído pela inflação, e a falta de informação de quem está comprando o primeiro carro.
“Além da prestação, o veículo tem outras despesas, como IPVA, combustível e manutenção”, disse.
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Boa noite caros,
Após a crise no último trimestre de 2008, o Governo incentivou o mercado de veículos novos com a redução do IPI. As financeiras abriram o crédito em 2009 e 2010. O primeiro carro, o primeiro cartão de crédito,… comprometeram toda a renda destes clientes não acostumados com empréstimos. Os planos longos de 48, 60 e até 72 meses afetaram as carteiras de 2011 e continuam a afetar as carteiras de 2012.
Não estaria tão confortável como a posição do nosso colaborador. Pois, o crédito no Brasil é para mim algo novo e essa falta de experiência das pessoas com financiamentos, traduz-se em um novo perfil de clientes, como por exemplo de pessoas mais jovens, que são representativos nos financiamentos de motocicletas.
Acredito que surge um perfil mais difícil na recuperação. Por isso, vejo um enorme desafio na cobrança. Tempos de calibrar ou refazer os modelos de collection, as políticas de cobrança,…
No entanto, com a restrição do crédito em 2011 e que deve permanecer em 2012, tendem a melhorar a carteira. Mas, como falamos de carteira, esse processo de limpeza é mais lenta.
Abs,
Não há porque se preocupar. Nos meus 47 anos de experiência em cobranças desse segmento de créditos já vi taxas maiores. A solução é rever seus terceirizados e substituir os ineficientes por quem tem mais experiência e comprometimento pleno com os resultados do cliente.