Amigos leitores, recentemente eu estava proferindo uma palestra sobre inteligência emocional, e nela, dei destaque para a enorme contribuição do psicólogo e jornalista americano Daniel Goleman, autor do célebre livro “Inteligência emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente”, publicado em 1995.
Há quase 30 anos, Goleman criou o conceito de Quociente Emocional (QE), um complemento ao Quociente de Inteligência, o famoso QI, onde a capacidade de uma pessoa em lidar com suas emoções é muito mais importante que a sua competência de processar informações.
Segundo Goleman, o sucesso de uma pessoa tem 80% a ver com o seu QE, enquanto o QI é responsável pelos outros 20%.
“Bira, o que são soft skills mesmo?” São as habilidades sociocomportamentais ligadas diretamente às aptidões mentais de um profissional e à capacidade de lidar positivamente com fatores emocionais, enquanto as hard skills são as habilidades técnicas aprendidas e ensinadas por cursos e treinamentos formais.
Esta não é a primeira vez que eu cito as soft skills nos meus textos, visto que se trata hoje de um dos temas mais citados no mundo corporativo.
Se você fizer uma pesquisa em qualquer buscador na internet, vai identificar de imediato que a inteligência emocional é uma das principais soft skills exigidas pelas empresas atualmente.
“Mas Bira, o que isso tudo tem a ver com gestão de cobrança?” Tudo a ver!
Coincidentemente, eu iniciei neste mercado em 1994, e de forma muito intuitiva, eu desenvolvi a minha carreira sempre acreditando e apostando nas habilidades comportamentais, numa época que isso, sinceramente, não tinha muito valor.
O famoso axioma “contratado pelo currículo e demitido pelo comportamento” foi um erro clássico cometido por muitas empresas por anos a fio, e somente agora, após quase 30 anos do livro do Daniel Goleman, houve o despertar do mundo corporativo sobre essa realidade.
Nestes anos, presenciei inúmeros casos de gestores muito focados em resultados e nos negócios, mas sem qualquer tato para lidar com pessoas.
Quando falamos em gestão de cobrança, na minha visão, o líder deve sim ter as hard skills desenvolvidas, com a formação técnica necessária para ocupar a cadeira, mas se ele não investir com profundidade nas soft skills, sem dúvida ele não conseguirá entregar resultados, considerando ainda que, atualmente, o seu time é formado predominantemente por jovens que não atendem mais ordens, e sim, direcionamentos.
Para o profissional que queira otimizar e identificar melhorias nas suas habilidades, recomendo realizar periodicamente um processo de assessment, também chamado de avaliação de competências e comportamentos. Existem muitas ferramentas disponíveis na internet, mas aconselho conversar com um profissional de RH para orientá-lo, inclusive, para receber o feedback sobre o resultado do relatório.
Abraços e até a próxima!
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.