A Adyen, empresa de tecnologia que está reinventando os pagamentos na economia global, lançou um estudo inédito sobre como empresas de assinatura podem otimizar cobranças de seus assinantes e garantir a disponibilidade dos serviços. Os resultados foram coletados de uma amostra de mais de 300 milhões de transações.
De olho na nova demanda de consumidores do mercado de assinaturas, que faturou cerca de R$ 700 milhões no ano passado, o estudo revelou que fatores como região, dia do mês, hora do dia e até o tipo de cartão impactam significativamente nas taxas de sucesso das transações. Isso prova que estratégias de cobrança que usam dados de forma inteligente geram aumento de receita e evitam o chamado churn involuntário – quando o cliente tem sua assinatura cancelada sem optar por isso.
Horários diurnos no meio do mês apresentam altas taxas de aprovação
O estudo aponta que, para cartões brasileiros, o melhor momento de cobranças é no intervalo entre os dias 14 e 23 do mês, sendo o dia 16 o mais seguro. A pesquisa da Adyen revela também que o melhor horário para cobranças é às 8h, e que as menores taxas de êxito ocorrem durante a madrugada e o início da manhã, especialmente entre 4h e 6h. Isso ocorre, entre outros motivos, porque alguns bancos empregam sistemas de risco mais rigorosos durante o período noturno.
Cartões populares são mais suscetíveis a recusas
No mesmo levantamento, foi constatado que o tipo de cartão de crédito utilizado também influencia no volume de transações aprovadas ao longo do mês. Para cartões mais populares (standard), que apresentam maiores picos de recusa por saldo insuficiente, a melhor época de cobrança é entre os dias 14 e 19 do mês. Já os cartões premium e superpremium, destinados a usuários com limites maiores, apresentam menor oscilação e baixas taxas de recusa.
Identificar as falhas aumenta eficácia das retentativas
Outro pilar da estratégia de cobrança que pode ser otimizado com o uso de dados é a retentativa automática, empregada para recuperar transações não aprovadas. Números globais da Adyen mostram que, se o código de erro for de falha técnica, a melhor saída é retentar de imediato, com taxas de êxito acima de 70% nas primeiras duas tentativas e abaixo de 20% a partir da terceira.
Por outro lado, se uma transação falha devido a razões não técnicas, como saldo insuficiente, a melhor estratégia é tentar em intervalos maiores após a data em que os assinantes recebem seus salários, de acordo com a média de mercado dos ciclos de pagamento. Feita de maneira inteligente, a retentativa pode ser mais precisa uma vez que o uso excessivo desse recurso pode impactar de maneira negativa as taxas de autorização.
Compreender o ciclo de pagamento de cada mercado aumenta autorizações
Entender e otimizar as estratégias de acordo com as regras locais de cada mercado é essencial para ter mais sucesso. Ao encontrar o momento ideal de cobrar os assinantes, a aplicação prática dessas descobertas pode evitar pagamentos recusados por saldo insuficiente, por exemplo. No Brasil, as pessoas são pagas mensalmente, o que ocasiona um pico mensal de êxito nas cobranças. Já nos EUA, por exemplo, a maioria dos clientes é paga quinzenalmente, o que resulta em duas possíveis altas de sucesso nos pagamentos tanto no começo ou fim, quanto no meio de cada mês.
Para a Adyen, o emprego destas estratégias pode ajudar a transformar esse mercado. A influência é tão grande que, desde 2012, as empresas de assinatura têm crescido a um ritmo médio nove vezes mais rápido que empresas listadas no S&P 500. E o Brasil é um dos países mais promissores para esse modelo de negócios que envolve segmentos diversos, como bebidas, alimentos, moda, filmes online e produtos de beleza.
“É a primeira vez que uma empresa de pagamentos se debruça sobre o modelo de negócios por assinatura e lança um estudo em profundidade sobre o melhor momento para empresas cobrarem seus assinantes”, afirma Jean Christian Mies, vice-presidente sênior da Adyen para a América Latina. “E a Adyen está nos bastidores do sucesso de empresas de assinatura como Netflix e Wine.com.br, entregando maiores taxas de aprovação baseadas em inteligência de tratamento de altos volumes de dados”, completa.
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