De acordo com um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), com base em dados do Banco Central, a substituição de cheques por cartões de crédito e débito ocorrida nos últimos anos ajudou a evitar uma perda de quase R$ 12 bilhões para os setores do comércio e serviços apenas nos seis primeiros meses de 2016. A razão para este resultado seria a eliminação do risco de ter transações “sem fundo”.
O trabalho leva em consideração a participação dos meios de pagamento no mercado. No final do primeiro semestre de 2008, o cheque respondia por 77% dos pagamentos e os cartões ficavam com 23%. Atualmente essa relação se inverteu. Os cheques representam 44% e os cartões 56%. Segundo estes números, se aplicada a antiga proporção nos dias atuais, o cheque teria movimentado R$ 750,5 bilhões, enquanto os cartões somariam R$ 222,9 bilhões, no primeiro semestre do ano.
Considerando que os cheques devolvidos representaram 3,7% do valor total movimentado por esse meio de pagamento no primeiro semestre do ano, o prejuízo com a devolução de cheques seria de R$ 27,5 bilhões no período, dentro do cenário avaliado pelo estudo. Dessa forma, o aumento da participação dos cartões nas vendas possibilitou reduzir em 43% a perda, que foi de R$ 15,7 bilhões, segundo o BC. Portanto, mesmo com a taxa de administração das transações (em média 2,28%), os cartões reduziram substancialmente os custos do lojista, além de ampliar a segurança, a conveniência e as possibilidades de venda.
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