Desde o início dos anos 2000, as grandes empresas prestadoras de serviço de cobrança começaram a perceber que era importante aumentar sua produtividade para conseguir primeiramente pagar seus custos e se manter bem no ranking de recuperação que as contratantes utilizam como balizador para medir seus parceiros, mas principalmente, manter-se bem no processo de distribuição de carga, baseado em critérios de meritocracia estipulado e combinado com todas as contratadas.
Naquele instante a utilização de ferramentas que aumentassem a produção começaram a se fazer necessária e os Discadores começaram a surgir com muita força. De cara o impacto dessas ferramentas foi tão significativo que em pouco tempo a sua utilização começou a ser fundamental para qualquer empresa que fizesse cobrança em grande escala. Surgiram então diversas empresas que se especializaram em criar essas ferramentas e em pouco tempo já era possível escolher dentre diversos tipos disponíveis no mercado qual se encaixava melhor em cada formato de atuação e principalmente em cada tipo de bolso.
Com o aumento da utilização dos discadores, vivenciamos um momento importante de aumento da produção nas empresas, o que culminou na necessidade de formar profissionais para pilotar essa ferramenta tão importante para manter a produção alta.
Ao passar dos anos, essas ferramentas viraram uma unanimidade e praticamente todas as empresas já estavam utilizando algum tipo, o que as deixavam em um nível de concorrência muito próxima uma das outras, o que culminou em um novo desafio para as companhias, que era fazer diferente para se manter competitivo. O perfil então começa a mudar dentro das empresas, de uma atuação baseada apenas em utilização de discadores para uma atuação focada em imputar as regras de negócios dentro do discador, para que além da velocidade, a direção seja a correta. A partir disso, começamos a verificar que se a régua de cobrança não estivesse muito bem amarrada na ferramenta, que o discador dava um resultado natural superior a uma visão manual, porém não o suficiente para trazer o diferencial necessário.
Conseguir espelhar sua estratégia dentro da ferramenta, requer pessoas altamente capacitadas para realizar da forma adequada, pois o entendimento do negócio passa a ser tão importante quanto o conhecimento da ferramenta. Por mais que existam ferramentas que possuem poderes de alavancar sua produtividade por si só, a intervenção humana, com capital intelectual adequado que consiga dosar da melhor forma a direção e velocidade, será sempre fundamental. Quem nunca identificou em seus resultados que a produção está alta, mas o risco ( valor em cobrança ) recuperado não está adequado, o que te leva a perder boas posições no ranking do cliente e que no final acabou descobrindo que o foco da estratégia estava descalibrado com as regras de melhor pontuação no negócio do seu contratante?
Sabendo disso, diversas empresas estão com a mão na massa para elevar o nível de seus colaboradores que pilotam suas máquinas supermodernas, investindo em treinamentos, formação acadêmica, com foco em negócios e até mesmo em participações de congressos nacionais e internacionais, que ajudam o colaborador a ter uma visão muito mais generalista do seu mercado e a identificar novas oportunidades.
Com isso, podemos concluir que nesse mercado cada dia mais exigente e competitivo, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de ter apenas máquinas que mais parecem uma Ferrari de tão potente e não investir para ter pilotos preparados para manter essa máquina em alta velocidade, mas acima de tudo, na direção correta.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.
Isa e Silvestre, obrigado pelo feedback. Estamos em um momento de muita reflexão e acima de tudo de Mudancas. Esperamos que a multicanalidade tão utilizada no exterior vire uma realidade o mais rápido possível em todo o mercado de cobrança brasileiro.
Abraço
Fabiano Couto
Interessante e pertinente o artigo, apesar de ser bastante básico pra quem “de fato viveu” o mercado de cobrança nessa época do BUG DO MILÊNIO pra cá, como você disse.
Mesmo diante do tema um pouco ultrapassado – estamos na era da multicanalidade – mas parabenizo pelo artigo, por nos lembrar do básico que as vezes é muito esquecido.
Abcs
Isa
Sensacional o artigo Fabiano! Estamos em um cenário cada vez mais competitivo e digital. Vale ressaltar que o conhecimento em modelo estatístico de cobrança pode alavancar o potencial estratégico da empresa também, em contra partida se n tivemos bons analistas para calibrar o modelo tbm n dar. Forte abraço e sucesso!