A inadimplência continua presente na vida do consumidor brasileiro. Pesquisa realizada pela Boa Vista Serviços revela que 29% das 1.100 pessoas entrevistadas possuem alguma restrição gerada por uma compra realizada com cartão de crédito. Além disso, 24% têm dívidas no carnê, 17% no cheque, 13% por empréstimo pessoal, 8% no cheque especial e 8% em cartões de loja.
Quando perguntados sobre o nível de endividamento e o comprometimento da renda das famílias com o pagamento das dívidas, 22% dos consumidores inadimplentes se declaram muito endividados, 32% acreditam estar mais ou menos endividados e 35% se declaram pouco endividados. Em junho de 2012 eram mais consumidores muito endividados (25%).
Além disso, 9% dos inadimplentes declaram que não terão condições de pagar suas contas em atraso. Dos outros 91% dos consumidores que possuem restrição e esperam ter condições de pagar a dívida, total ou parcialmente, 35% deles pretendem pagar à vista e 65% de maneira parcelada. Destes que esperam negociar as parcelas, 68% pretendem pagar dentro dos próximos 30 dias, 26% entre 30 e 90 dias, 4% entre 90 e 180 dias e 2% negociaram prazos superiores a 180 dias.
Causas
O desemprego continua sendo a maior causa da inadimplência, segundo os entrevistados, representando 33% dos casos. O descontrole financeiro caiu de 30% para 23%. Em terceiro lugar aparece o empréstimo do nome a terceiros. O desemprego é a causa mais preponderante nas faixas de renda familiar de até 10 salários mínimos. Para as faixas acima de 10 salários mínimos o descontrole financeiro aparece como a principal causa (30%).
Ainda segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados responderam que as dívidas não pagas são decorrentes da aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos. 16% citam a compra de produtos ou serviços relacionados à alimentação como os causadores das dívidas, 16% citam a compra de vestuário e calçados e para 11% a origem foi do não pagamento de contas de concessionárias de serviços públicos.
Quanto à parcela da renda comprometida com dívidas, 24% declaram que mais da metade da renda familiar mensal está comprometida. Esse número era de 27% em junho de 2012. Ainda de acordo com os dados, 39% declaram que até 25% da renda está comprometida com o pagamento de dívidas e 37% declaram ter entre 25% e 50% da renda familiar comprometida.
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