No mês passado, foram divulgados os números da inadimplência do consumidor brasileiro. A notícia não foi nada agradável, pois o número subiu 3,95% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo ainda com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a dificuldade para quitar as dívidas é o resultado do endividamento das famílias, do baixo crescimento econômico e da inflação alta. A pesquisa foi realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito.
Os dados mostram ainda que a quantidade de CPF’s negativados aumentou de 54 milhões para 55 milhões no mês passado. De acordo com o SCPC, entretanto, o resultado de outubro ainda é a segunda menor expansão da inadimplência em 2014.
Em comparação com o mês de setembro de 2014, a inadimplência em outubro subiu 1,26%. Já para o SCPC, o avanço dos “calotes”, apesar dos incentivos e “feirões” de negociação de dívidas realizados e que ainda vão se realizar, reflete as dificuldades dos consumidores em quitar seus débitos. Embora a inadimplência tenha avançado em outubro, o SCPC acredita que esse indicador deve desacelerar até o fim do ano devido ao recebimento das parcelas do 13º salário e aos empregos temporários que surgem com a demanda de Natal e ajudam muito a melhorar este índice.
A quantidade de dívidas em atraso também aumentou em outubro na comparação com o mesmo mês de 2013, avançando 3,93%. Já em relação a setembro de 2014, o indicador ficou praticamente estável, apresentando um ligeiro crescimento de 0,06%. Mas a quantidade de novas pendências, com até 90 dias de atraso, aumentou 13,55% na comparação mensal.
A alta da inadimplência em outubro acabou revertendo a queda registrada em setembro. O problema é que estamos passando por um período de renegociações de dívidas e da entrada da parcela do 13º salário, mas, por outro lado, a dificuldade de pagamento dos débitos continua, pois o endividamento das famílias é alto.
A taxa de juros voltou a subir, com isso, a confiança dos consumidores é cada vez menor. Desta forma, temos efeitos positivos e negativos, mas infelizmente os negativos estão pesando mais.
Para as empresas que souberem negociar com os clientes e chegarem na frente, os meses de novembro e dezembro devem trazer dados mais positivos para a inadimplência. É provável que continuemos tendo mais inadimplência do que em 2013, mas o ritmo de deste crescimento deve diminuir.
A grande maioria do povo brasileiro não deve porque quer, mas sim por descontrole financeiro. Infelizmente no Brasil, boa parte da população não tem acesso a educação financeira, sendo assim, o descontrole vem a tona, principalmente ocasionado pelos momentos de empolgação.
Desta forma, o 13º salário deve ser muito utilizado para resolver boa parte dessas pendências financeiras. O ideal para quem tem condições, é quitar tudo agora e procurar não fazer novas dívidas no Natal, porque o ano, já começa com muitos compromissos financeiros.
O problema da inadimplência tira o sono de empresas e clientes, para diminuir este sério problema, é necessário “ensinar” o cliente a controlar suas contas, deixando de lado a empolgação.
Neste momento, o bom preparo dos profissionais de cobrança e de atendimento, somado a excelentes condições de pagamento, é fundamental para fazer com que o cliente opte por liquidar as dívidas primeiro com sua empresa, pois a grande maioria dos clientes não possui dívidas apenas em um lugar.
Sua empresa está com a inadimplência alta? Sua equipe está preparada para recuperar estes clientes? Você acredita que a inadimplência tende a crescer ou a diminuir em 2015? Você já ficou inadimplente?
Um grande abraço a todos!
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