O investimento em tecnologia nas empresas de cobrança, que já acontece numa velocidade muito grande, deverá se acentuar ainda mais este ano. Aliado a isso, quem quiser se manter no mercado, vai precisar atingir índices de eficiência extremamente elevados. Quem faz a previsão é o novo presidente do Instituto GEOC, Egberto Hernandes Blanco.
“Quem não buscar a fórmula com tecnologia, eficiência e redução drástica de custos estará em absoluto descompasso com a necessidade que a realidade impõe. Nossa mão de obra especializada está cada vez mais difícil, escassa e cara. Soma-se a isto a elevadíssima carga tributária, como acontece em qualquer setor produtivo e de prestação de serviços, o que dificultará ainda mais àqueles que não adotarem de vez a tecnologia como aliado número um”, afirma Blanco.
Segundo levantamento do Instituto GEOC, as empresas de cobrança associadas cresceram 12,9% em 2012. Essa expansão deve continuar em 2013. “O aumento do crédito em todos os níveis da nossa economia possibilita um crescimento quantitativo e qualitativo das associadas do IGEOC”.
Egberto Hernandes Blanco está otimista com relação à economia brasileira. “Podemos esperar melhorias na taxa de inadimplência, que deverá se manter em queda gradual, principalmente no segundo semestre, motivada pela diminuição da taxa básica de juros, a expansão gradativa e moderada do crédito, a retomada dos financiamentos de veículos, o inevitável crescimento dos financiamentos de imóveis, a melhora na concessão do crédito e consequentemente no perfil deste consumidor. Tudo isso aliado ao aquecimento da economia em 2013/2014, por conta de muitos investimentos estruturais no país, que por certo empurrará ainda mais para baixo a taxa de desemprego”, analisa.
Otimismo geral
A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade também aposta numa queda no número de devedores. “É provável que em 2013 a inadimplência das pessoas físicas caia para um valor abaixo de 7% e das jurídicas para abaixo de 3,5%. A tendência é que em alguns anos estes valores sejam abaixo de 6% e abaixo de 2%”, diz o conselheiro da Anefac, Andrew Frank Storfer. Ele acredita que o crescimento do crédito este ano deve ser cerca de 1% menor do que em 2012. “Ficará entre 14% e 15%. Há de fato a perspectiva de que o crédito continue crescendo nos anos subsequentes porém a taxas menores (de 2014 a 2016 entre 11% e 13% ao ano)”.
Para o diretor do Instituto GEOC, Jefferson Frauches Viana, 2013 será melhor do que o ano passado. “Todos os indicadores e expectativas anunciadas nos conduzem para um ano mais promissor e melhor”.
“Minha expectativa é de que seja melhor, principalmente por ser um ano pré-eleitoral e pré-copa”, prevê José Martins, diretor presidente da Multicobra, associada do Instituto GEOC, que completa a lista de otimistas.
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