Talvez o título deste artigo possa parecer um pouco exagerado para você ou apenas uma forma de causar impacto para chamar a atenção dos lojistas.
Mas, infelizmente, trata-se de uma verdade incontestável.
Uma loja sem crediário está condenada à estagnação e não sobrevive por muito tempo.
Eu digo isso especialmente para quem tem um ticket médio de até R$ 600, que é o modelo com o qual temos mais experiência aqui na Meu Crediário.
Nos últimos anos, tenho conversado com centenas de lojistas com esse perfil para entender melhor suas necessidades nas áreas de crédito e cobrança.
E vou confessar uma coisa:
Até pouco tempo atrás eu achava que existiam dois motivos para uma loja não vender bem no crediário próprio:
Medo da inadimplência;
Não saber divulgar o crediário.
Hoje tenho a humildade em dizer que estava errado…
Na verdade, se uma loja não consegue vender no crediário próprio é por que não entende o verdadeiro potencial das vendas no carnê.
E como cheguei a essa conclusão?
Observando e acompanhando os usuários da nossa plataforma. Um universo que inclui desde pequenos lojistas que estão começando a vender no carnê até redes de médio porte que têm 80% do faturamento vindo do crediário próprio.
Independente do porte da operação, percebi que havia uma característica em comum entre as lojas que tinham sucesso com essa modalidade de pagamento: todos entendem muito bem os benefícios de trabalhar com crediário próprio.
Existem dois tipos de dono de loja
Para quem não tem uma política de crédito bem definida, o fantasma da inadimplência é o principal entrave para o crescimento do negócio
Mas quando o lojista entende o verdadeiro potencial de um crediário organizado, não existe nada que o impeça de faturar com as vendas a prazo. Nem mesmo a inadimplência!
Sabe por quê?
Por que se você entende a importância de ter um crediário forte e consistente, certamente vai buscar melhorar seus processos e corrigir qualquer erro que esteja prejudicando a operação. Seja na análise de crédito, na cobrança ou até mesmo na gestão de pessoas.
É por isso que eu costumo separar os lojistas em dois grupos:
Os que não entendem o crediário
Vendem pouco, geralmente apenas para amigos e conhecidos;
Costumam dizer que “na minha cidade todo mundo conhece todo mundo”;
Ou então: “aqui onde moro metade das pessoas são negativadas”;
Consultam os clientes de vez em quando, só para ver como está o CPF;
Preferem vender à vista ou no cartão de crédito;
Gastam tempo e dinheiro com cobrança.
Os que entendem (e lucram com) o crediário
São empreendedores-referência na cidade onde atuam, com participação ativa nas CDLs ou Associações Comerciais;
Normalmente possuem lojas grandes ou mais de uma loja;
Consultam o CPF em TODAS as vendas;
Preferem vender no carnê e promovem essa modalidade de pagamento;
Focam na análise e gastam menos com cobrança.
Entre os primeiros tenho percebido um sentimento de incerteza, um medo de perder a loja e fechar o negócio por falta de vendas.
Muitos acham que é melhor não vender no crediário do que arriscar perder alguma coisa com inadimplentes.
No segundo grupo, o sentimento é inverso. Depois de descobrir o potencial das vendas no carnê, estes empresários agora sabem que podem ir além e buscam constantemente aprimorar seus resultados.
Superado o medo da inadimplência, o grande desafio passa a ser atrair clientes novos para o crediário.
E então? Em qual desses dois perfis você se encaixa?
Vender no crediário é mais do que uma opção. É necessidade!
Se você é empresário do varejo e tem o (saudável) hábito de acompanhar a evolução do comércio na sua cidade, quero que me responda algumas perguntas:
Quantas lojas você viu fechar durante a crise?
Quantas dessas lojas vendiam no crediário próprio? (não estou falando de fichinha)
Os pontos que ficaram disponíveis devem ter sido ocupados por outras lojas, não é?
E essas lojas vendem no crediário próprio? (aposto que sim)
Como elas fazem isso?
Eis a “receita de ouro” para quem vende no crediário próprio:
É preciso se dedicar e fazer acontecer!
Se o dono do negócio não acreditar, se ele não motivar e treinar a equipe e não ser o agente transformador dentro da loja, nada vai acontecer.
Posso garantir:
O crediário é um excelente canal de vendas em qualquer época do ano!
Nunca vi uma loja com boa base de clientes e boa análise de crédito quebrar por falta de vendas.
Seu proprietário pode até sofrer com quedas de faturamento e ter que ajustar os limites de concessão de crédito, mas vai atravessar a crise sofrendo muito menos comparado a quem não vende parcelado.
Até quando você consegue manter sua loja sem crediário?
Meça seus resultados e olhe ao redor. Analise o mercado local e as ações da concorrência. E então faça a seguinte pergunta a si mesmo:
Até quando minha loja consegue sobreviver do jeito que está?
Antes que você responda, deixa eu te contar uma história:
Aqui na minha cidade abriu uma loja nova há poucos meses. Não é uma loja qualquer. Pegaram um ótimo ponto comercial no centro da cidade e entraram realmente muito fortes, surpreendendo o comércio local.
Estão literalmente apavorando alguns lojistas.
Sabe qual é a estratégia deles?
Crediário próprio!
Sabe qual é o tamanho da minha cidade?
Não passa de 70 mil habitantes.
E tem mais:
No outro lado da rua tem uma das lojas mais conhecidas da cidade.
Depois da chegada da nova concorrente, não demorou muito para que essa loja tradicional reduzisse pela metade a área de vendas e colocasse uma parte do prédio para alugar.
Um negócio com mais de 30 anos no mercado!
Sabe por que isso aconteceu?
Por que eles não incentivavam o crediário. O cliente não retornava ao ponto de venda para pagar, não criava um relacionamento e a loja deixava de ganhar com a recorrência do consumidor.
Nesse momento em que é tão difícil trazer o cliente para dentro da loja, eles deveriam aproveitar o poder de atração do crediário próprio para gerar mais movimento e vendas.
Mas não fizeram isso e agora estão, infelizmente, morrendo aos poucos.
Você acha que isso nunca poderia acontecer com a sua loja?
Pois é… eles também achavam.
Mas não estou aqui para assustar ninguém. Muito pelo contrário.
Meu objetivo é ajudar você e se preparar para não ser pego de surpresa pela evolução cada vez mais rápida dos meios de pagamento.
Chegou a hora de repensar seu modelo de vendas e adotar definitivamente a tecnologia como uma aliada na gestão do seu crediário.
Não seja o próximo “dinossauro” do varejo.
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