Durante a crise financeira de 2008, 60% das empresas que buscavam 20% de economia falharam
Dentre as várias maneiras pelas quais as empresas podem se diferenciar— tais como estratégia, marca, posição de mercado e liderança em tecnologia — mais de 40% dos líderes setoriais consideram o custo como sua maior vantagem competitiva. Não causa surpresa que a maioria das organizações tente economizar constantemente. Mas um estudo recém-concluído pela Bain & Company, empresa global de consultoria estratégica, mostra que optar pelo corte de custos pouco planejado ou emergencial é ineficaz.
“As ações mais óbvias, como demitir funcionários, não se sustentam no longo prazo. Quando a economia virar, a empresa vai pagar mais caro para contratar ou vai ficar para trás por não ter gente suficiente para crescer”, afirma Alfredo Pinto, sócio da Bain e um dos autores do estudo.
A pesquisa, desenvolvida com cerca de 300 empresas para avaliar sua performance nos anos de 2008 e 2009, revela a magnitude do problema. Muitas corporações reagiram à crise financeira com várias iniciativas para redução de custos. Entretanto, analisando esses esforços, 40% dos consultados afirmaram que não foram bem-sucedidos em seus objetivos. E, dentre os que buscavam uma redução de custos de 20% ou mais, quase 60% afirmaram que não alcançaram tal resultado.
Ainda assim, algumas empresas conseguiram não apenas diminuir seus custos de forma significativa, mas também manter essas reduções. Mais de 20% delas mantiveram ou aumentaram o seu EBIT (lucros antes de juros e impostos), apesar de uma queda de 10% ou mais no faturamento. “Uma conquista extraordinária. As empresas que reduziram custos e conseguiram mantê-los usam uma abordagem bem diferente das demais. Nós chamamos essa abordagem de transformação de custos sustentável”, esclarece Alfredo.
A Bain concluiu que geralmente as corporações que conseguem realizar essa transformação percorrem um caminho comum com quatro elementos-chave: elas definem objetivos com base em dados de mercado externos, e não em referências internas; adequam seus esforços de redução de custos à sua estratégia; utilizam métricas corretas; e focam na organização como um todo, considerando suas interfaces, e não apenas nas partes individuais que a compõem.
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