O presidente Michel Temer publicou na última sexta-feira decreto que autoriza a Nu Holdings, do Nubank, a virar uma financeira.
Segundo o decreto, é do “interesse do governo brasileiro a participação estrangeira” de até 100% no capital da instituição financeira a ser criada pela Nu Holdings.
Como financeira, o Nubank não precisará fazer parcerias com bancos no país para montar a estrutura de captação de recursos e oferta de crédito. A empresa também poderá fornecer empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e capital de giro.
A autorização do governo era necessária porque parte do capital do Nubank, empresa que emite cartões de crédito sem anuidade, pertence a fundos estrangeiros, que injetaram dinheiro para possibilitar a atuação da empresa.
Em sua quinta rodada de investimentos, em dezembro de 2016, o Nubank recebeu US$ 80 milhões (cerca de R$ 256,8 milhões).
O investimento foi feita pela empresa DST Global, líder de fundos que faz aportes somente em empresas de internet. Desde 2014, o Nubank já recebeu cerca de R$ 600 milhões.
Além da DST, o Nubank tem entre os investidores o Sequoia Capital (empresa de private equity dos Estados Unidos), Kaszek Ventures (baseado na Argentina) e Tiger Global Management (fundo de investimento de Nova York), entre outros.
Em outubro do ano passado, o Nubank anunciou a criação de uma conta-pagamento, a NuConta, em que o dinheiro do cliente seria investido automaticamente em títulos públicos.
A diferença da conta-pagamento para a conta-corrente é que algumas transações não estão disponíveis, como pagamento de tributos (IPVA e IPTU) e o saque. Boletos e transferências agendadas devem ser liberados em breve, diz a empresa.
CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.