Desde sexta, mais 300 agências fecharam as portas. Segundo BC, há 21.713 agências.
A greve dos bancários fechou 9.386 agências no país na última segunda-feira (24), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). De acordo com dados do Banco Central, há 21.713 agências bancárias no país, ou seja, 43% das agências ficaram com as portas fechadas.
A greve começou na terça-feira passada, fechando 5.132 agências, de acordo com a entidade. O balanço desta segunda foi elaborado pela Contraf com dados enviados até as 20h30 pelos 137 sindicatos e dez federações que são representados pelo Comando Nacional dos Bancários.
“A cada dia que passa, aumenta a indignação dos bancários com o silêncio dos bancos em retomar as negociações com o Comando Nacional e apresentar uma nova proposta que contemple as reivindicações da categoria”, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, por meio de nota.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse que não vai se pronunciar sobre a continuidade da greve e a quantidade de agências paradas.
De acordo com a confederação, a intenção dos bancários é fechar as agências, mas manter caixas eletrônicos e bancos pela internet funcionando.
Obrigações
Apesar da paralisação, o consumidor não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança, segundo a Fundação Procon-SP. No entanto, para isso, a empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos, segundo a entidade.
A recomendação do Procon é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça essas opções de forma de pagamento, como por internet, sede da empresa, casas lotéricas ou código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta o consumidor que os pagamentos de contas e tributos podem ser feitos por meio dos caixas eletrônicos, internet, centrais de atendimento, correspondentes bancários e débito direto autorizado (DDA), um serviço no qual é preciso se cadastrar e que permite receber os boletos de forma eletrônica e pagar também inclusive as contas vencidas.
Reivindicações
Segundo nota da confederação, entre as reivindicações dos bancários estão o reajuste de 10,25% nos salários (aumento real de 5%), uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas “abusivas”, melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.
A Fenaban propôs um reajuste de 6% (aumento real de 0,58%), rejeitado pelas assembleias dos bancários em todo país. A Fenaban disse em nota que “lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve” e que não irá comentar a adesão à greve.
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