O Banco Santander divulgou nesta semana a projeção de que a carteira de crédito total do sistema financeiro brasileiro crescerá 3,4% em 2017. De acordo com a instituição, o resultado positivo será reflexo de uma leve melhora do consumo de bens duráveis e dos investimentos, ambos puxados pela trajetória de queda dos juros iniciada no fim de 2016 e por uma recuperação da confiança dos empresários.
Apesar do otimismo, o banco ressaltou que o crédito ainda encontrará dificuldades neste ano como o alto nível de endividamento de empresas e das famílias e a perspectiva de mais um ano de retração da carteira do BNDES, de 4,5%, em linha com o ajuste fiscal.
A projeção apresentada no trabalho é de que a taxa Selic deve encerrar 2017 a 9,75% ao ano, o que não ocorre desde o fim de 2013. O economista do Santander, Everton Gomes, que foi um dos autores do levantamento, explicou que o endividamento alto das empresas e das famílias limita a recuperação do crédito, mas não impede que a queda dos juros contribua para o crescimento de 3,4% da carteira.
Segundo ele, a expectativa de retomada, além de reduzir o custo de oportunidade dos investimentos, deve provocar uma recuperação da confiança dos empresários, estimulando a demanda por crédito. A projeção do Santander é que a Formação Bruta de Capital Fixo, que mede o nível de investimentos, cresça 3,5% em 2017, bem acima da sua previsão para o PIB (0,7%).
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